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Morte violenta

Setor de Homicídios prende dupla suspeita de assassinar comerciante em Itaquá

Fio esquecido dentro de um veículo foi crucial para a investigação. Comerciante foi assassinado com 14 tiros

12 setembro 2017 - 14h24Por Lucas Alsil - de Itaquá

O Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) prendeu nesta segunda-feira (11), dois homens, suspeitos de terem executado o comerciante Antonio Fabio da Silva, de 50 anos, com 14 tiros, na noite do dia 3 de setembro, nas margens da Rodovia Ayrton Senna (SP-70), em Itaquaquecetuba. O motivo da execução não foi confessado pelos suspeitos.  Eles tiveram prisão temporária  - de 30 dias - decretada. As informações foram confirmadas pelo delegado Rubens José Angelo, responsável pelo caso.

A dupla D. V. F., de 24 anos, e A. L. O. S., de 19 anos trabalhava em um dos estabelecimentos comerciais da vítima. Um dos suspeitos, D., era gerente do comércio. Apesar de a prisão dele ter sido decretada, ele está internado no Hospital Santa Marcelina, sob escolta, após ter sofrido uma tentativa de homicídio, no dia 6 de setembro. O outro suspeito foi encaminhado para a Cadeia de Mogi das Cruzes.

A  investigação teve início após a polícia ter encontrado um fio vermelho dentro do veículo do comerciante assassinado. “A última vez que a vítima foi vista, foi saindo de um galpão, no Campo da Venda. No galpão, nós encontramos o mesmo fio vermelho, o que denota que a vítima poderia ter sido amarrada dentro do imóvel, pois no local foram encontrados sinais de sangue”, disse o delegado.

Em depoimentos, algumas testemunhas informaram que o comerciante havia ido com os suspeitos no galpão.  Primeiramente, o gerente negou qualquer participação no crime. Cinco dias após prestar declarações à polícia, ele sofreu a tentativa de homicídio enquanto trabalhava.

Na última segunda-feira, A. foi chamado à delegacia e prestou mais esclarecimentos. “Ele disse que quem estava dirigindo o veículo era o D., o que despertou nossa atenção, pois Silva não emprestava o carro a ninguém, o que nos leva a crer que o comerciante estava sendo ameaçado”. Em seguida, o suspeito confessou a participação da dupla no crime.

Fios foram usados para amarrar mãos e pés do comerciante (Foto: Sabrina Silva/Divulgação)

O Assassinato

A. contou para a polícia que enquanto o gerente estava armado, ameaçou o comerciante e o levou para dentro do galpão. No local, o gerente encontrou um rolo de fio dentro de uma caixa e amarrou os pés e as mãos da vítima e começou a ameaçá-la. Após isso, o gerente cortou o fio que amarrava os pés do comerciante e o levou para o veículo.

Segundo o delegado, no automóvel, o comerciante e o gerente começaram a discutir. No meio da discussão, Silva teria dito que o funcionário não poderia o matar, pelo fato de serem amigos. Porém, o gerente deu um golpe na cabeça da vítima. “Nesse momento, Silva tentou se soltar do fio, foi quando D. deu o primeiro disparo”, disse o delegado.

Após o primeiro tiro, o suspeito preso em Mogi abriu a porta do carro e fugiu. Enquanto corria, ele ouviu mais disparos. Segundo o delegado, o comerciante levou 5 tiros na cabeça, 6 tiros no abdômen e no tórax e 3 tiros nas costas.  Sobre a tentativa de homicídio do gerente do comércio, a polícia desconfia que tenha sido praticada por amigos de Silva, porém ainda não há nada comprovado.

O delegado ainda descartou qualquer possibilidade de latrocínio. “Não houve subtração de itens, inclusive a  vítima portava um celular e R$ 252. Nós do Setor de Homicídios, supomos que pode ser uma inveja, devido a lucrabilidade do comerciante nas lojas, ou alguma vingança, de algo que ainda não veio à tona”, contou o delegado.  

 

 

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