A Fundação SOS Mata Atlântica, Organização não governamental (ONG) ambiental brasileira, registrou até 21,3% dos hectares da Mata Atlântica desmatados no Alto Tietê. As regiões de Mogi das Cruzes e Arujá apresentaram os locais com mais desmatamentos.
Os dados do "Atlas da Mata Atlântica" apontam Mogi das Cruzes com 5 hectares desmatados.
O município tem 71,2 mil hectares. Desse total, 15,2 mil são áreas de Mata Atlântica.
A cidade teve 21,3% da mata desmatada, em 2021.
Em Arujá, a área total do município é de 9,6 mil hectares, e com 1,6 mil de mata. Em 2021, seis hectares foram desmatados, isso é 17,3% do bioma.
Entre as dez cidades do Alto Tietê, Mogi e Salesópolis são os locais com mais hectares de Mata Atlântica, o último município sem áreas desmatadas, junto de Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guararema e Santa Isabel.
Ainda na região, Poá e Biritiba Mirim não tem áreas desse que é um dos maiores biomas do Brasil.
O diretor executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto, informou que as informações levantadas pelo Atlas são oferecidas às autoridades públicas para que verifiquem a legalidade dos desmatamentos detectados e tomem as devidas medidas de fiscalização e punição.
Guedes destaca que quase toda essa devastação é ilegal.
“O bioma é protegido pela Lei da Mata Atlântica, que proíbe o desmatamento a não ser em raras situações – como a realização de obras, projetos ou atividades de utilidade pública”, informa.
Para o diretor, “o respeito à Lei da Mata Atlântica e ao Código Florestal são os primeiros passos para começarmos a reverter essa situação. E mesmo os desmatamentos com licença ambiental são imorais num bioma já tão degradado”.
No País, o monitoramento do Atlas é feito desde 1990 através de uma parceria da SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Em território nacional, a Mata Atlântica abrange cerca de 15% do país, em 17 estados.
Essa área inclui serviços e atividades essenciais como abastecimento de água, regulação do clima, agricultura, pesca, energia elétrica e turismo.