O prefeito de Poá, Gian Lopes (PR), e o deputado estadual André do Prado (PR) vão apresentar, nesta quinta-feira, 15, ao governador João Doria (PSDB) uma planilha de prejuízos causados pela saída do Banco Itaú. Em entrevista ao programa ‘DS Entrevista’, André do Prado afirmou que o objetivo é o de sensibilizar o Estado sobre a situação do município.
Na entrevista, o deputado também disse que a ideia é de que o Estado ajude a encontrar alternativas para que, desta forma, a saída da unidade financeira não cause um impacto financeiro tão grande ao município.
Gian Lopes e André Do Prado vão entregar ao governador uma planilha expondo as perdas de cerca de R$ 140 milhões, que serão retirados do orçamento anual poaense. Segundo a Prefeitura, a perda corresponde a 40% do Imposto Sobre Serviços (ISS). O Itaú estava na cidade desde 1990.
"Buscaremos uma alternativa para, pelo menos, uma transição. Esperamos sensibilizar ainda mais o governo e levaremos números para mostrar o caos que vai ser a partir do mês que vem", afirmou o deputado o ‘DS Entrevista’.
O deputado reiterou a gravidade da situação. Para ele, a imprensa local ainda não se deu conta do caos financeiro que a cidade irá enfrentar após a saída do banco. "Estamos tentando chegar em grandes veículos de comunicação, porque é um caso muito grave e vai causar um grande caos", afirmou.
"Teremos que fechar hospital, rever a educação aplicada no Ensino Fundamental, além de contratos com instituições. Não vai ter dinheiro e o prefeito terá que escolher quem pagar e quem não pagar", emendou.
SAÍDA
A saída do Itaú de Poá se deu por causa de acordo com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sonegação Tributária na Câmara de São Paulo. Na oportunidade, parlamentares da Capital identificaram que o banco realizava operações financeiras no município poaense, pois, o intuito era o de pagar menos impostos, mesmo que as operações financeiras ocorressem em São Paulo.
Desde o anúncio de que o Itaú Unibanco Holding S/A sairia da cidade, manifestações foram realizadas pela permanência do banco no município.