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Vila São Paulo

Justiça, Prefeitura, 98 PMs e Bombeiros cumprem reintegração na Vila São Paulo

Famílias começaram a ser notificadas há 10 dias. Não houve resistência

04 julho 2017 - 12h20Por Pâmela Queiróz - de Ferraz

A Justiça juntamente com diversas pastas da Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos, Polícia Militar (PM), Guarda Civil Municipal (GCM) e Corpo de Bombeiros, cumpriu nesta terça-feira (4), na Avenida dos Autonomistas, Vila São Paulo, a reintegração de 186 moradias. Ao todo, 98 policiais, 30 viaturas da PM, 20 unidades da GCM, 15 caminhões de mudança com mais de 45 ajudantes e três tratores foram empenhados na operação. Não houve resistência e a ação foi concluída por volta das 12 horas.

Segundo o Major Caruso, do 32º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), faz 10 dias que a PM foi acionada para apoiar a reintegração de posse das 186 casas. Desde então foi iniciado o trabalho de notificação das 90 famílias que habitavam no local. Esta é a quarta reintegração realizada no conjunto habitacional “Morar Bem II”.

“Entre o final de semana e segunda-feira parte das famílias saíram do local. Hoje de manhã ainda estavam nas casas cerca de 40 famílias. Para a ação de hoje empenhamos efetivos do 17º, 32º e 35º batalhões, além de apoio da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicleta (Rocam) e Tática na segurança do entorno da reintegração”, detalha o major.

O coordenador de habitação da Prefeitura, Daniel Castro, completa que a gestão não conseguiu levantar o número de famílias que residiam no conjunto, isso porque eles não aceitaram falar com os técnicos durante a triagem feita no decorrer dos 10 dias de notificação. “Na segunda conseguimos retirar umas 30 famílias da área, para isso empregamos 15 caminhões, com um motorista e dois ajudantes cada, além dos tratores para puxar os veículos. Hoje aumentamos o número de ajudantes de dois para três, por caminhão”, explica.

Castro completa ainda que as famílias que não tinham local para se mudar, foram orientadas a procurar o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) para se cadastrar em projetos sociais. Além disso, os móveis destas famílias foram levados para um galpão alugado pela Prefeitura na Vila Romanópolis. Já os moradores que tinham destino, tiveram os pertences encaminhados para a nova residência em até cinco quilômetros de distância da reintegração.

Famílias

A família do desempregado Delmares da Silva Ferreira, de 29 anos, ainda não tem para onde ir. Ele conta que por causa da situação, a esposa caiu e machucou a bacia. Ele mora no Morar Bem II com dois filhos e foi para o local porque não teve condições de pagar o aluguel. “Meus móveis vão para o galpão. Ainda não sei o que fazer”, comenta.

Já a também desempregada Ana Lúcia Costa, de 47 anos, explica que faz três meses que entrou para uma casa do conjunto habitacional com o filho de 12 anos. “Vim morar aqui porque não tenho para onde ir. Hoje vou ficar na casa da minha mãe. Mas ela está doente e não tem condições de me ajudar”, lamenta.

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