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Jornal Diário de Suzano - 09/05/2024
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Cidades

1,8 mil famílias temem reintegração de posse

01 junho 2017 - 08h01

As 1,8 mil famílias, que ocupam uma área no Jardim Gardênia Azul - Gleba II, temem a reintegração de posse. De acordo com o presidente da Associação dos Moradores do bairro, Marcos Aurélio Basílio, o dono do terreno entrou com processo de retirada dos ocupantes no dia 31 de janeiro, na Justiça, devido a uma intimação que o juiz da 3ª Vara Cível Municipal, Alberto Gentil de Almeida Pedroso, fez à Prefeitura. No documento, informa que a Secretaria Urbana deve apresentar o andamento referente à regularização fundiária do local. Em 2009, quando havia 30 casas no local, os ocupantes firmaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), com a Prefeitura, proprietário do terreno e até mesmo com a CTP Construtora, empresa também ocupante no espaço. Na ocasião, foi decidido que a área seria liberada para as famílias, sendo que pagariam os impostos exigidos. Além disso, a empresa deveria realizar trabalhos sociais na comunidade, como serviços de esgoto, pavimentação de rua, entre outros. Segundo Basílio, o pedido de reintegração de posse aconteceu também por causa das dívidas ativas que o proprietário da área tem com a Prefeitura. "Estamos preocupados, pois não vamos sair da área, onde construímos tudo. Há muitas famílias na área e isso seria um pesadelo. Vamos lutar para ficar", enfatizou o presidente. Para isso, haverá uma reunião no dia 21 junho entre os membros da Associação de Moradores do bairro e o prefeito Rodrigo Ashiuchi (PR). O encontro acontecerá às 9h30 no gabinete do chefe do Executivo, com o objetivo de entrar em acordo para que as famílias fiquem na área. As famílias estão apreensivas com a situação. Esse é o caso do pedreiro João José da Silva, que mora há 10 anos na área. "Moro com minha filha e esposa, não temos para onde ir caso nos tirem daqui. Para se ter noção, tem muitos ocupantes que não teriam condições de pagar aluguel, pois estão desempregados. Além do mais, que muitos não têm comida em casa", lamentou. O pintor Valdomiro Ferreira do Nascimento disse que tem direito de ficar no terreno. "Somos cidadãos brasileiros e temos direito a moradia, água, entre outros bens. Vou ficar na rua se houver a reintegração de posse", argumentou. Já a dona de casa Claunilda Maria da Silva tem duas crianças e afirmou que quer pagar imposto para ficar. "Se quiserem nós pagamos um valor para nos estabelecermos. Minha filha tem Síndrome de Down e precisa de um lugar adequado para viver".