“A escola salva, a escola não mata. As escolas salvam porque os professores estão atentos a qualquer vulnerabilidade que aquela criança esteja passando”, enfatiza o secretário de Educação de Suzano, Leandro Bassini ao detalhar medidas contra a violência escolar.
Para ele, é importante os pais não deixarem de mandar os filhos para a escola e reforça que a instituição é o lugar mais seguro da sociedade.
“O ambiente escolar é um dos mais seguros que tem na sociedade. Temos que defender a ida da criança pra escola. Porque se ficar em casa todo esse medo e angústia que estão sentindo é pior”, afirma. Durante a participação do programa DS Entrevista, o secretário de Educação de Suzano, destacou melhorias na infraestrutura da escola e como funciona o acompanhamento da vida dos estudantes por meio do Programa Prevenir a Violência Escolar.
A Secretaria Municipal de Educação de Suzano é responsável pelas 75 creches e escolas do Ensino Fundamental I públicas e privadas do município.
Desde 2019, a Secretaria de Educação tem projeto de segurança dentro das instituições. Cada unidade municipal tem ao menos um servidor público concursado chamado agente de segurança escolar.
O servidor é responsável por controlar o fluxo de pessoas que entram na unidade escolar e ao redor do prédio. O agente escolar também é responsável por acionar o botão do pânico caso haja necessidade. O aparelho silencioso quando acionado entra em contato com a Central de Segurança Integrada (CSI) que localiza as câmeras da escola que acionaram o botão. O ‘disparo’ de viaturas da Guarda Civil Municipal (GCM) e até da Polícia Militar (PM) para o local. As viaturas têm um prazo de cinco a dez minutos para se direcionarem até o local.
Monitoramento
O secretário explicou que nunca foi preciso acionar o botão em caso de invasão à prioridade escolar. A ferramenta apenas é acionada em dias de teste permanente ou em situações que pais levantam a voz para os agentes escolares.
“Os agentes podem acionar mesmo que seja uma situação suspeita. Os guardas vão verificar a situação”, alerta o secretário.
A Secretaria de Educação está colocando o segundo botão do pânico em escolas que possuem um terreno maior. O botão fica disponível em lugares visíveis para a comunidade escolar. O monitoramento das 75 unidades escolares é feito pelas câmeras instaladas nos prédios, cada unidade possui de 20 a oito câmeras que estão interligadas na CSI e na segurança privada (Polícia Militar).
Intervenção no espaço escolar
A secretaria realizou intervenções nos prédios escolares para melhorar a segurança. A maioria das escolas atende o público na parte externa da instituição, sem precisar entrar dentro da escola para chegar a secretaria. Além das câmeras espalhadas pela unidade, toda portaria tem o porteiro eletrônico com câmera para identificar o visitante.
“Essas ações melhoram a segurança dentro da escola.Tanto para os alunos quanto para os professores”, disse.
Programa Prevenir a Violência Escolar
O Programa Prevenir a Violência Escolar acompanha a trajetória escolar da criança na unidade de ensino. Quando identificam uma criança com queda no desempenho, oscilação de humor ou até mesmo sinais de violência doméstica tomam medidas.
A pasta direciona uma equipe para ir à casa da criança e fazer uma análise de como está a situação em casa com os pais e familiares. “Caso precise, fazemos uma ação conjugada com outras secretarias para atender essa criança e até mesmo os pais. Exemplo atendimento a psicólogo é encaminhado para a secretaria de saúde. Essa ação é pedagógica e não de assistência social”, explica.
Questionamentos
Durante a entrevista, os internautas mandaram uma pergunta para o secretário sobre o detector de metais. Bassini defende que esse método não é um investimento que garante segurança às crianças. Ele usa exemplos dos ataques na escola dos Estados Unidos que tem o detector de metal .
“É um investimento que não vai adiantar nada. Nos EUA houve cerca de 19 atedtado em escolas. Isso evidencia que essa medida não impede os atos A escola não é um ambiente militarizado. A escola é lugar da cultura de paz, não da cultura do ódio”, diz.
O programa também conta com campanha contra o bullying nas escolas. A ação acompanha a trajetória escolar da criança e observa se está sofrendo bullying.