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Orientação

Autismo: falta de informação gera muitos preconceitos

Há vários tipos de autismo, desde a criança que é muito comprometida, até o de alto funcionamento

04 maio 2019 - 22h00Por Daniel Marques - de Suzano
O autismo vem crescendo a cada dia no Brasil. Uma a cada 59 crianças nascem com esse transtorno, um número que era menor, mas que com o passar do tempo subiu devido a questões genéticas.
 
Há vários tipos de autismo, desde a criança que é muito comprometida, isto é, não fala e não consegue realizar atividades de higiene sozinhas, até o autismo de alto funcionamento, que são pessoas extremamente geniais naquilo que escolhem fazer.
 
A psicóloga, psicopedagoga e neuropsicóloga, Luciana Garcia, concedeu entrevista exclusiva ao DS. Ela acabou de lançar o livro "Autismo: Práticas e Intervenções", com o objetivo de auxiliar os pais e professores a lidar com os autistas. "A intenção era fazer um guia de linguagem fácil, para facilitar na compreensão, mesmo que tenhamos usado artigos científicos mais recentes", disse Luciana, que lida com autistas há seis anos.
 
O autismo não tem cura, mas tem tratamento. Os custos são altos e, por isso, é importante que pais sejam treinados para que possam dar continuidade ao tratamento da clínica, em casa. Há três tipos de níveis classificados por Luciana. O primeiro é quando a pessoa quase não precisa de ajuda, o nível dois é quando o autista necessita de ajuda para realizar algumas atividades e, por fim, o nível 3 é o mais crítico, onde a pessoa é totalmente dependente, muitas vezes não fala e usa fraldas, mesmo na idade adulta. "Muitas coisas vem junto com o autismo, então cada caso é diferente do outro", conta Luciana.
 
Ela afirma que a falta de informação gera preconceito. Alguns pais não querem colocar os filhos na mesma escola em que estuda um autista e, às vezes, optam até por não contar aos os outros familiares que o filho é autista, temendo o preconceito.
 
"Há pais que não aceitam que os filhos são doentes, porque eles formam na cabeça deles uma criança perfeita. No começo há uma rejeição e, só depois, eles buscam tratamento para a criança", conta a psicóloga, que ainda diz que "Uma das intenções do livro é quebrar esse preconceito".
 
Luciana diz que muitas escolas não contam com profissionais treinados para receber autistas. Em alguns casos, a pessoa não tem os cinco sentidos integrados e, por isso, muitas vezes os eles se desorganizam, e a pessoa tem um ataque. Esse é um dos motivos em que as escolas relutam em receber um aluno com essa doença. "Eles falam que tem vagas, mas quando descobrem que a criança é autista, dizem que já foram preenchidas. Muitas escolas não querem alunos autistas", lamenta.

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