A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) considerou como adequado o plano de obras e as medidas de intervenção propostos para a expansão da Rua Sete de Setembro, no Parque Suzano, embora o parecer técnico aponte um potencial de contaminação na área.
A expectativa é de que os trabalhos sejam executados concomitantemente às diligências do órgão.
De acordo com a Cetesb, a Prefeitura de Suzano solicitou o posicionamento técnico sobre o Plano de Intervenção para Reutilização de Área Contaminada para a execução das obras, que visa a ligação da rua à Avenida Paulista, no bairro vizinho Jardim Monte Cristo. No fim do mês de maio, o órgão detectou um potencial de contaminação na área, porém avaliou como adequado o plano de obra apresentado, em conjunto com as medidas de intervenção propostas.
"Deverão ser implementadas todas as medidas descritas no Plano de Intervenção e realizar o monitoramento da área em todas as etapas da obra. No caso de ser constatada contaminação no solo, deverão ser adotados os procedimentos recomendados pela Cetesb, incluindo a realização de Avaliação de Risco à Saúde Humana", informou a Companhia.
O Termo de Reabilitação da área será emitido após encerramento das obras de prolongamento, mediante apresentação do relatório conclusivo à Cetesb. O documento levado ao órgão deverá conter o histórico dos trabalhos e a comprovação das medidas de intervenção implantadas no espaço, além da documentação fotográfica. A Companhia também informou que dispõe de especialistas em licenciamento e em áreas contaminadas para oferecer orientações à gestão municipal, a fim de encaminhar todo o processo de recuperação da área e de licenciamento da obra.
A equipe de reportagem do DS esteve na Avenida Paulista, no Parque Monte Cristo. A via será contemplada com um novo acesso à região central a partir da expansão da Rua Sete de Setembro. A obra é esperada pelos suzanenses daquela área. Segundo os moradores, sinais de contaminação do solo ainda não foram percebidos. Contudo, o secretário de Planejamento Urbano e Habitação, Élvis José Vieira, afirmou que os resíduos existem há 30 anos. "Esta contaminação vem desde os anos 80. Não foi fruto da obra em si, mas sim de uma empresa ou munícipe que pode ter contaminado o local", disse em recente entrevista.