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Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
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Cidades

Instituto de Nefrologia corre risco de fechar por falta de repasses

18 junho 2017 - 08h01

A falta de correção nos repasses feitos pelo Ministério da Saúde ao Instituto de Nefrologia de Suzano e Mogi das Cruzes pode levar ao fechamento da unidade suzanense. De 2010 a 2017, o Ministério deu 23,4% de reajuste ao setor, enquanto a inflação subiu 53,29%. Segundo a direção das clínicas, os gastos para manter a qualidade do serviço não acompanham o montante enviado pela União. Segundo a diretora Silvana Kesrouani, os centros de nefrologia de todo o País passam por dificuldades. "O governo federal repassa o orçamento, mas a inflação não acompanha, precisamos da correção para que o valor supra as nossas necessidades. Com a reposição da inflação poderemos dar continuidade ao nosso trabalho sem nos endividarmos com os bancos", pontua. Hoje a unidade suzanense atende 251 pessoas, enquanto Mogi conta com 301 pacientes. A média de atendimento varia mensalmente, isso porque há realização de transplantes de rins, recuperação do órgão ou falecimentos. Já o repasse da União é de R$ 194 por paciente, mas a sessão de diálise custa ao Instituto R$ 278. O valor reposto pelas unidades pode parecer irrisório, R$ 84 por paciente, mas os prejuízos são grandes quando se compara ao número de sessões, cerca de 13 por mês. "E com a crise financeira, muitas pessoas têm deixado os planos de saúde, o que leva a aumentar a fila do SUS e a quantidade de pessoas atendidas por nós", completa. As duas unidades juntas atendem a maior parte dos pacientes que sofrem de doença renal no Alto Tietê, a única diferença entre elas, é que Mogi atende também consultas particulares. O Instituto de Nefrologia é privado, mas atende o Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de convênio. Silvana afirma que as unidades ganharam nos últimos anos certificação máxima pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) e é a única do Estado certificada com esta pontuação. Silvana frisa também que a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante lutam pelo reajuste dos valores repassados as unidades credenciadas e neste momento aguardam posição do Ministério. PROBLEMAS Os problemas pela redução dos repasses ao Instituto são enfrentados há muito tempo. No último mês, o Estado deixou de repassar R$ 110 mil a unidade em decorrência de não ter recebido o valor total do convênio da União. A falta de reajuste também impossibilita a criação de novas vagas de hemodiálise.