Representantes do Departamento de Polícia Judiciária da Macro (Demacro) foram até a Escola Raul Brasil para conversar com familiares e funcionários sobre o andamento das investigações. A Secretaria de Educação afirmou que os diretores das unidades de ensino também estão se reunindo com os batalhões da Polícia Militar para abordar o tema.
O diretor do Demacro, Luis Augusto Castilho Storni, explicou que o encontro tem o objetivo de esclarecer os detalhes sobre a investigação, além de abrir espaço para as perguntas dos pais. "Nossa função é esclarecer este atentado e garantimos que a polícia está fechando o cerco naqueles que tem intenção de desenvolver atividades como esta", contou.
O diretor explicou que é praticamente impossível prever casos como este, mas afirmou que a polícia está monitorando as redes sociais 24 horas por dia. "O Brasil faz parte de uma comunidade internacional de inteligência que detecta sinais suspeitos na internet", explicou.
Durante a reunião, o diretor revelou que todos os autores e envolvidos possuíam problemas familiares, tanto em relação à formação ou à fatores comportamentais. "Os envolvidos que estão sob investigação possuíam comportamentos agressivos que não foram coibidos pelas famílias. Lutaremos diariamente para que estes problemas não voltem a acontecer", disse o diretor.
As novas estratégias de segurança da escola não foram abordadas na reunião, deixando muitos pais insatisfeitos. A mãe de um dos alunos, Juliana Santos, explica que por conta da falta de informação por parte da diretoria, muitos pensaram que assuntos como a segurança da escola seriam tratados na reunião. "A reunião foi voltada apenas às questões investigativas sobre o caso. Os pais foram mal informados e pensaram que a diretoria falaria sobre a ronda escolar e o reforço de segurança na escola, que é o que mais importa no momento. Muitas questões simplesmente não foram respondidas", reclamou.
Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a Raul Brasil está aberta para os alunos em horário regular, das 7h às 18h. Eles foram recebidos com atividades de acolhimento, como dinâmicas, leitura das cartas de apoio, exibição e reflexão de filmes, entre outras ações.
"A unidade foi reaberta para pais, alunos e professores. Eles participaram de projetos pedagógicos na escola e contaram com apoio psicológico, rodas de conversa, depoimentos e compartilhamento de boas práticas, entre outras atividades”.