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Jornal Diário de Suzano - 26/07/2024
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Massacre no Raul Brasil

Psicóloga pede afastamento por exaustão e estrutura de saúde chega no limite

Pelo menos 1,1 mil pessoas - envolvidas de alguma forma na tragédia da Raul Brasil - precisam de atendimento

28 abril 2019 - 00h04Por Aline Moreira e Agência Estado - de Suzano
Além das vítimas diretamente relacionadas ao massacre na Escola Raul Brasil, há - pelo menos - 1,1 mil pessoas afetadas em algum grau pelo ataque que aguardam na fila da rede municipal de saúde para acompanhamento psicológico.
 
O secretário municipal da saúde de Suzano, Luis Cláudio Rocha Guillaumon, queixou-se, esta semana, que a estrutura de saúde está chegando "no limite" e que inclusive uma psicóloga pediu afastamento por exaustão. Dos 14 psicólogos da rede municipal, metade está deslocada para atendimento exclusivo às vítimas do massacre.
 
Segundo Guillaumon, a fila se deve ao número insuficiente de profissionais na rede para o atendimento das vítimas que buscam apoio psicológico do município. Por dia, afirma ele, de dez a 20 novos pacientes com sequelas psicológicas ligadas ao massacre procuram diariamente os serviços de saúde da prefeitura. 
 
Diante da alta demanda de pacientes e do número insuficiente de profissionais de saúde, Guillaumon afirma que um acordo com a Secretaria Estadual da Saúde vai garantir a contratação de 40 psicólogos via Hospital das Clínicas de Suzano.
 
Convênio
 
Após o convênio entre a Prefeitura de Suzano e o Governo do Estado - que visava a contratação de 40 psicólogos para atuar no caso da escola - não prosperar, o governo estadual propôs a vinda dos profissionais através de contratação no HC de Suzano.
 
"A contratação por meio do convênio não vingou por conta de burocracias jurídicas. A vinda deles não era liberada, então o Estado optou pela medida mais rápida, que é via HC", conta. 
 
Os 40 profissionais deverão sanar a fila de espera pelo atendimento psicológico na cidade. Segundo a Prefeitura, cerca de 1,1 mil pessoas aguardam apoio psíquico no município. Além disso, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) recebem diariamente 20 atingidos (diretamente ou indiretamente) pela tragédia. 
 
O CAPS tem hoje 14 psicólogos disponíveis. Desses, sete estão designados a atender as demandas do Raul Brasil. No total, 185 pessoas envolvidas diretamente no caso estão sendo atendidas pela Prefeitura, assim como 200 pessoas indiretamente também estão recebendo apoio. Além desses, 24 pessoas receberam atendimento em domicílio e 50 foram acolhidas nas universidades.