As represas do Sistema Produtor do Alto Tietê (Sipat) operavam com 55,39% da capacidade nesta segunda-feira (6). Na mesma data do ano passado, as represas registraram 54,16%. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Em entrevista ao DS, a meteorologista do Climatempo, Maria Clara Sassaki, explicou que a sazonalidade desencadeia o aumento no volume de chuva e consequentemente nas represas.
“No mês de janeiro, tivemos uma influência dos últimos anos que é o fenômeno La Niña, o que acaba potencializando o volume das chuvas nesse período. Também temos influência do homem, mas o fator majoritário é esta mudança natural”, disse.
Na região, a Prefeitura de Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos decretaram situação de emergência, consequência dos danos provocados pelas fortes chuvas que dos últimos dias.
Para a meteorologista, as cidades estão sofrendo desta forma pela localização geográfica, diante da quantidade de terras e por receber o volume de chuva de outras cidades também, através dos rios.
Desde o dia 31 de janeiro todos os dez municípios do Alto Tietê registram enchentes e alagamentos diante das chuvas fortes.
Com isso, entre as represas que fazem parte do sistema, a de Jundiaí registrou o maior volume com 62,38%. Em seguida surge Paraitinga (60,01%), Ponte Nova (55,26%), Biritiba Mirim (50,47%) e Taiaçupeba (49,77%).
Na tentativa de diminuir esses impactos, as cidades podem pedir assistência à Defesa Civil do Estado de São Paulo e desenvolver um trabalho que envolve meteorologistas, Defesa Civil do município e geógrafos.