Um projeto inédito, em Suzano, vai identificar, por meio de ‘mapa (ou ilhas) de calor’, os bairros mais quentes, com maior temperatura, sob ponto de vista climático.
Atrelado a essa iniciativa, o município também prepara um plano de redução de ruídos e de implementação de áreas verdes.
O anúncio foi feito, na semana passada, pelo secretário de Planejamento Urbano e Habitação, Elvis Vieira. Ele também está interinamente na Secretaria de Meio Ambiente. A expectativa é de que os projetos sejam concluídos até julho deste ano.
“São iniciativas de redução de ruídos e ilhas de calor em enfrentamento às mudanças climáticas”, disse Vieira.
Com a identificação dos bairros mais quentes será aplicada a arborização necessária com a implantação de mais árvores. O objetivo é reduzir temperatura.
O estudo é feito em parceria com a Universidade Mackenzie e será pioneiro no Alto Tietê.
Haverá também parceria com outras secretarias, como Obras, Meio Ambiente e a Defesa Civil.
“A medição está sendo feito sobre o ponto de vista do ruído e do calor”, disse.
A concentração de calor está diretamente associada à ausência de vegetação urbana.
A melhor ferramenta de amenização do calor é a arborização.
O secretário explicou que Suzano vem investindo em meio ambiente e sustentabilidade. Por exemplo, assinou a primeira Parceria Público Privada (PPP) para a área de resíduos sólidos. Uma empresa contratada vai construir uma Usina de Reciclagem para zerar os resíduos aos aterros sanitários.
REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO
O secretário falou também sobre outro assunto da área de Planejamento: a requalificação do Centro de Suzano. O projeto está na pauta. Ele lembrou que, em parceria com a Associação Comercial e Empresarial (ACE), a Prefeitura chegou a fazer pesquisa sobre o futuro da região central. “O Centro expandiu. A cidade cresceu. Primeiro desenvolvemos estudo e apresentamos ao Ministério das Cidades. Mas não conseguimos os recursos. Suzano merece requalificação, principalmente nas áreas livres, calçadas. Tem potencial do ponto de vista do comércio. Mas é um projeto custoso. Talvez tenha de ser rediscutido”, disse.
O secretário afirmou que um dos planos importantes, nesse momento, é de mais áreas verdes para amenizar problemas de inundações na região central.
Esse plano prevê a ampliação dos número de árvores e praças.
“Área verde é diferente da permeável. A grama serve para a água entrar, mas não reduz aquecimento. O Centro não tem percolação de água. Chove e a água leva horas ou dias para entrar no solo. Porque estamos em uma área de várzea. O solo não consegue absorver”, disse.
Por isso, em locais fora do Centro é preciso áreas verdes para reduzir a água que chegará.