O menino brincava no sítio de seu avô, quando avistou uma pedra diferente. Pegou-a e se surpreendeu ao perceber que era um animalzinho, uma tartaruga. O menino nunca tinha visto uma tartaruga. Colocou o bichinho no chão. Ela, assustada, encolheu-se toda. Colocou sua cabeça na carapaça e ficou inerte. O garotinho não se conformava! Começou a mexer no animalzinho cutucando-o, batendo em seu casco. O avô, que o procurava para o almoço, avistou a cena e chamou a atenção do neto: "Não maltratamos os bichos aqui! Pare já com isso!".
O rapaz retrucou: "Não estava maltratando, só quero que ela coloque a cabeça para fora". O idoso apanhou o animal e o levou para um lugar que tinha sol e ficaram bem quietinhos observando. O sol ardia, ardia... E quando ficou bastante quente, a tartaruga colocou a cabeça para fora! "Viu, meu filho? Não precisamos de violência para conseguir nossos objetivos. Foi o calor do sol que a venceu. Temos muito em comum com as tartarugas. Principalmente vocês, as crianças. É preciso lidar com jeito, paciência.
O calor das nossas palavras, das nossas ações deve aquecer o coração das pessoas e fazê-las agir, como aconteceu com a tartaruga, mostrando-se para os outros.
Paciência significa ter autodomínio quando não se pode controlar a maneira de agir das pessoas ou quando as coisas não saem como se quer. Ser paciente é ser sereno e tolerante frente às dificuldades.
Ter paciência significa esperar, suportar incômodos sem alterar o próprio humor. Pelo jeito, no Brasil, muitas pessoas excluiram a paciência do dicionário. Gente que quer prevalecer suas vontades e convicções na marra, com truculência e agressões verbais e físicas. Nao suportam o contraponto. Não admitem opiniões contrárias.
Radicalizam tudo, mas não resolvem e nem colaboram positivamente com nada. Apontam problemas e não soluções.