A semana passada o Hospital Santa Maria reuniu na confraternização natalina os diretores do hospital, médicos, funcionários e membros da Pastoral da Saúde. Na conversa com os diretores se falou da saúde em Suzano e me alegrou a notícia que haverá no hospital o atendimento também aos pacientes que necessitam de cateterismo, dos serviços da Hemodinâmica ou de cirurgias cardíacas.
É para comemorar e festejar este novo empreendimento que no decorrer dos anos será implantado no Hospital Santa Maria.
Há muitas vidas cortadas em consequência de enfartes. Um Centro cirúrgico em Suzano para reparar danos causados ao coração a partir de alguma deformidade do órgão cardíaco é o sonho almejado pela população suzanense.
Os diretores Dr. Viera, Dr. Paulo, Dr. Manne e Dra. Ester não medirão esforços para a realização desse projeto.
No entanto não resisto ao impulso de incentivar a Administração Pública de Suzano a solicitar o Estado para implantar na cidade mais Unidades de Pronto Atendimento (UPA) efetuando um serviço durante 24 horas para o público que não tem convenio, para dar uma resposta adequada ao povo diante da tamanha quantidade de pacientes que procura as Unidades de Pronto Atendimento de dia e de noite.
A saúde pública e o desafio eternamente mais importante dos governos estaduais, municipais e do Governo Federal.
Cheio de curiosidade bem contida levanto uma questão que vem do povo. No Hospital das Clinicas, há um prédio novo com todos os equipamentos instalados, mas não atende a população para oferecer, como prometido, diagnósticos de imagem.
Indagando sobre a estrutura do único Pronto Socorro de 24 horas, hoje em reforma, parabenizo e agradeço a Administração Pública por estar melhorando o atendimento ao povo.
Balanço a cabeça e lamento, porém, a situação do futuro Hospital Federal. Uma boa parte já construída encontra-se num estado desagradável.
O Hospital Santa Maria devagar vem apresentando novos serviços que beneficiam a população. Permanece, no entanto o problema do cidadão comum, sem convenio que não encontra vaga no SUS ou tem uma consulta marcada à distância de três ou quatro meses e do paciente que entra na Santa Casa numa situação bem crítica e grave e que muitas vezes a Santa Casa não pode resolver e o cidadão sem condições de ser atendido no SUS ou na Santa Casa vive de dor ou morre com grande revolta da família.
É verdade que a saúde pública está ligada ás Políticas Públicas do Estado como manda a Constituição. Mas os Estados e o Governo Federal revelam enormes obstáculos, tensionamentos e conflitos ao se confrontar com a realidade social não financia corretamente as políticas sociais e particularmente as de saúde, criando uma maior iniquidade e revelando a ineficiência social da máquina pública. O SUS é a mais ambiciosa política de saúde pública e se consagra como direito universal para todos. No entanto permanece vulnerável diante da grande demanda da população. Não resta que fortalecer a vontade política de socorrer os mais carentes, investindo, em primeiro lugar, na saúde.