O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê estiveram nesta quarta-feira na sede do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), onde foram recebidos pela superintendente, Mara Ramos, e a subsecretaria de Recursos Hídricos do Estado, Samanta Souza, para discutir ações emergenciais para conter as enchentes na região.
As principais reivindicações dos prefeitos são o desassoreamento de trecho do Rio Tietê, que corta a região, além da abertura das comportas da Barragem da Penha, em São Paulo, para melhor escoamento das águas do Rio.
“Foi uma reunião produtiva onde pudemos discutir soluções conjuntas para reparar os problemas atuais de forma emergencial e pensar no futuro para que nossa região não seja mais castigada’, disse o vice-presidente do Condemat, Luís Camargo, prefeito de Arujá.
Durante a reunião a superintendente do DAEE, Mara Ramos, confirmou que apenas duas comportas da Barragem da Penha estão abertas, pois as outras quatro estão danificadas. Mara disse que a manutenção do equipamento será feita ainda neste mês, bem como a revisão da operação da estrutura hidráulica.
Além disso, ainda neste primeiro trimestre o DAEE passará a compartilhar as informações sobre a operação da Barragem da Penha com as prefeituras.
“A Barragem da Penha serve para regular o nível do Rio Tietê, hoje ela está operando de forma mista, com duas comportas abertas e quatro delas permanecem fechadas pois estão em manutenção. É um compromisso nosso acelerarmos essa manutenção e tornar pública as informações sobre a operação da Barragem”, disse.
Ainda de acordo com a superintendente do DAEE, o desassoreamento de trecho do Rio Tietê entre Mogi das Cruzes e Itaquaquecetuba, deve ocorrer até o final do ano.
“O Governo já estabeleceu como prioridade o desassoreamento deste trecho do Rio Tietê e já temos recursos necessários para isso, precisamos vencer agora outras dificuldades como a adequação de um projeto mais efetivo e adequado à característica do local. Esta região tem ocupações às margens da várzea, o que dificulta a entrada das máquinas. São situações complexas, mas se trabalharmos de forma integrada teremos mais resultados e espero que em janeiro de 2024 tenhamos uma situação completamente diferente da atual”, destacou.
O prefeito de Itaquaquecetuba, Eduardo Boigues reforçou a necessidade de atuação conjunta para minimizar os impactos das chuvas. O município tem sido um dos mais afetados da região com registro de alagamentos há mais de 15 dias.
“Avançamos muito nesta reunião técnica e produtiva com discussão de soluções integradas a curto, médio e longo prazo no combate às enchentes e alagamentos da região", disse.
A construção de um Plano Regional de Macro e Microdrenagem foi outro assunto discutido durante a reunião.
Também participaram da reunião os prefeitos Priscila Gambale (Ferraz de Vasconcelos), Guti (Guarulhos), Márcia Bin (Poá), Carlos Chinchilla (Santa Isabel e Rodrigo Ashiuchi (Suzano); o deputado estadual, Jorge Wilson, além de secretários e técnicos da região.