A forte chuva que caiu na região central de Suzano, na noite da última terça-feira, deixou pelo menos 10 famílias desalojadas. A água chegou a 1,20 metro de altura no bairro Jardim Belém. No local, a Escola Estadual Professora Jussara Feitosa Domschke recebeu pelo menos 70 pessoas que se abrigaram para passar a noite. Algumas famílias voltaram para as casas e 40 pessoas ainda permanecem na escola. Além disso, 175 famílias, com 555 pessoas, foram atingidas pela chuva. O cadastro foi feito ontem (veja mais em matéria abaixo). A Prefeitura solicitou apoio ao Estado para receber colchões e alimentos. O prefeito Rodrigo Ashiuchi (PR), ao lado da primeira-dama Larissa Antoniassi dos Santos Ashiuchi, esteve no Jardim Belém, na noite de terça-feira, acompanhando as ações da equipe da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros para o resgate de moradores no alagamento. A Prefeitura disponibilizou, para as famílias, 70 colchões e 100 refeições durante a noite. O Fundo Social de Solidariedade também está oferecendo água potável, roupas e produtos de higiene pessoal e mantimentos. No almoço de ontem, mais 250 refeições foram distribuídas. Durante a chuva, o município recebeu, no período de quatro horas, 110 milímetro de água, uma quantidade considerada alta. Exemplo disso, durante todo o resto do mês, a cidade tinha recebido apenas 89 milímetros. Estas informações foram divulgadas pelo secretário de Segurança Cidadã, Fátimo Aparecido Rodrigues, em entrevista, na manhã de ontem, para falar sobre os estragos do temporal. "A cidade não está especificamente em alerta. Ninguém garante que tenhamos novas chuvas. O que aconteceu foi um acidente natural que não tem previsão de acontecer. Choveu por quase uma semana. No Jardim Nazareth e Jardim Belém houve um entupimento dos locais de vazão da água. O pronto mais crítico foi próximo ao supermercado Atacadão Assaí. Entrou água no local que derrubou um muro. O muro segurou a vazão", contou o secretário. Durante a manhã, as secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social, Segurança Cidadã, a Defesa Civil e outros órgãos ainda atuavam para atender os moradores. Nas ruas da cidade, o reflexo da chuva era visto em diversos bairros. Na Rodovia Henrique Eroles (SP-66), o Atacadão Assaí não abriu as portas e o cenário era de destruição em frente ao comércio. O Rio Una, no trecho da Vila Amorim, acumulava lama e mato ao redor. As casas das regiões afetadas tinham móveis e eletrodomésticos empilhados nas calçadas. De acordo com Fátimo, até ontem, a Prefeitura não havia recebido notificações de residências em situação de alerta a segurança, sinal de deslizamento e desmoronamentos. Apenas árvores caíram, mas a administração não fez a contagem exata. Durante o temporal também ficaram em alerta as regiões do Jardim Miriam, Parque Maria Helena, Jardim Lincoln, Sol Nascente, Jardim Varan, Vila Amorim (em razão do transbordamento do rio Una), Vila Maria de Maggi e Vila Maluf. O Centro de Suzano foi igualmente afetado pela tempestade. O prefeito determinou um plantão especial das secretarias e departamentos para atendimento emergencial às vítimas, ainda durante a noite. No Jardim Belém, em alguns casos, botes infláveis foram utilizados. A Defesa Civil percorreu toda a cidade, em ronda técnica e acolhimento. O trabalho deve se estendeu por toda a madrugada. Segundo o órgão, além do Jardim Belém, outros pontos de alagamento foram registrados no município, sobretudo nos bairros onde há córregos.









