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Cidades

Empresa e guia deveriam ter orientado melhor Juliana, entende professor e guia de turismo mogiano

"Dentro do que é o procedimento adotado aqui no Brasil, foi um procedimento errado tanto por parte do guia quanto pela operadora de turismo"

25 junho 2025 - 21h30Por Gabriel Vicco - da Reportagem Local

A empresa responsável pelo turismo na trilha e o guia de turismo que estava realizando o trabalho deveriam ter orientado melhor Juliana Marins, de acordo com o professor e guia de turismo mogiano Ricardo Roitburd.

“Dentro do que é o procedimento adotado aqui no Brasil, foi um procedimento errado tanto por parte do guia quanto pela operadora de turismo. O tipo de roupa que ela estava usando dá a impressão de que ela não estava adequadamente orientada sobre o grau de dificuldade da trilha que ela ia fazer. É uma trilha de alto risco”, disse.

Por ser uma trilha difícil e em um lugar perigoso, dois guias deveriam estar trabalhando com o grupo de Juliana. “O correto seriam ter dois guias, já que é uma trilha complexa. Qualquer lugar mais difícil é importante ter dois guias. Ir sozinho com 20 adultos no Centro de São Paulo é tranquilo, mas ir, por exemplo, para uma montanha com 10 pessoas e um guia, já acho errado”, continua Ricardo.

O guia de turismo explicou que a principal dificuldade em relação a trilhas de montanhas é o piso. “O piso na trilha é, basicamente, resto de erupções. É um piso fofo, você pisa e seu pé afunda, você escorrega, não tem estabilidade”. Outro fator que dificultou a trilha de Juliana é a altitude: o vulcão fica a 3,7 mil metros de altitude, o que deixa o ar mais rarefeito. “Corpos que não estão acostumados tendem a sofrer. Pode ser um problema bem sério”, explicou.

Ricardo já fez uma trilha a vulcão na Guatemala. Ele disse o que precisava ter sido feito de diferente que poderia ter “evitado” o acidente da brasileira.

“Uma jornalista que já fez essa trilha disse que eles não falam a realidade que é a trilha, o real grau de dificuldade. Ela deveria estar com uma vestimenta mais adequada, calçado mais adequado, alimentação. Pelas imagens, a impressão é que ela estava de legging e uma blusa fina. Não estava com um equipamento adequado. O que faltou foi orientar e detalhar a real complexidade da trilha”.

Ricardo ainda ressalta a inexperiência do guia de turismo responsável pela equipe de Juliana.
“Ele tinha 20 anos e estava sozinho. É inexperiente para uma trilha tão complexa. O turista é de responsabilidade da empresa e quem era o representante da empresa? O guia. A principal função do guia de turismo é a segurança do turista”, finaliza o professor. 

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