Mais de 12,7 mil vagas em bicicletário são utilizadas por mês - (Foto: Regiane Bento/DS)A pandemia não causou mudanças significativas nos bicicletários das estações Calmon Viana, na Linha 12 – Safira e 11 – Coral, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Em Calmon Viana, a estação recebeu 2.663 bicicletas em janeiro de 2020 e 2.462 no mesmo período deste ano, queda de 8,79%. Em fevereiro deste ano foram 2.409 e 2.534 em 2020, uma queda de 4,9%.
Em Suzano, 13.725 ciclistas passaram pela estação em janeiro de 2020, e 12.346 neste ano, queda de 10,04%. Já em fevereiro de 2021, a estação recebeu 12.752, enquanto no ano passado foram 12.141, um aumento de 5,032%.
Receio
O receio da população por conta da pandemia da Covid-19 fez o movimento nas bicicletarias de Suzano caírem. Mesmo em queda, o conserto de bicicletas ainda causa ânimo aos lojistas.Além do avanço da doença, a falta de peças em algumas lojas também tem afastado os clientes. Entretanto, o conserto de bicicleta tem conseguido ter bastante procura, apesar de também ter apresentado queda
Na WF Bike, do proprietário Walter Ferreira, o Waltinho, a procura tem conseguido manter uma boa procura. No entanto, ela é 20% do que no início da pandemia. O aro da bicicleta sempre esteve em alta. Com a necessidade de ficar em casa, Waltinho acredita que as pessoas estão tentando se cuidar mais. “Às vezes na correria do dia-a-dia as pessoas esquecem de cuidar da saúde. Estão querendo se cuidar mais. Por ficar em casa, não tem muito o que fazer e para não ficar parado acabam se exercitando”, disse.
Na bicicletaria de Hélio Gomes Ferreira o serviço de manutenção é que tem dado as cartas, mesmo com obstáculos impostos pela pandemia. “Serviço de manutenção cresceu entre 30% a 40%. Foi maior, mas não está faltando cliente”, explicou.
Já Daniel Nakashima, conta que a procura diminuiu em 40%. O receio pela pandemia e falta de peças tem prejudicado o serviço. “Tá faltando muita peça. Não só aqui, mas em muitos lugares. No início até estava em alta, mas agora caiu 40%”, conta.
Peças como câmbio e seleta é que tem causado mais dor de cabeça para o lojista. “Até encontra peças comuns. Mas as mais modernas estão em falta”.
O coordenador do projeto BiciMogi, Jair Pedrosa, cita o veículo como um meio de economizar. O alto preço da gasolina e das passagens do transporte público, além dos benefícios à saúde. “A bicicleta traz inúmeros benefícios para o praticante. Melhor condição física, não causa poluição e também ajuda a economizar”, disse.
Uma das principais reivindicações dos ciclistas é o aumento dos espaços para a prática do esporte. Recentemente, a Prefeitura de Suzano inaugurou uma ciclovia na Avenida Brasil. O coletivo irá até o espaço, quando houver uma melhora na questão da pandemia. “Vendo de longe, deu pra ver que ficou bastante legal. Vamos até Suzano para ver de perto. É algo que cobramos muito das prefeituras”, finalizou.
