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Jornal Diário de Suzano - 07/05/2024
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Coluna

Não basta acreditar, tem que ter fé

08 novembro 2023 - 05h00

Num reino distante as pessoas mais simples quase sempre sofriam com a maldade dos poderosos. Assim, um camponês foi injustamente levado à presença de um juiz por ter levantado a voz contra um próspero comerciante que não queria pagar o preço justo por uma colheita de maçãs. No caminho, o camponês imaginou o que diria ao juiz. Pensou, pensou e sorrateiramente abaixou-se e apanhou duas pedras. Escondeu-as dentro do casaco, deixando-o saliente. O juiz após ouvir atentamente a queixa do comerciante, folheou aleatoriamente o Livro das Leis. Só então reparou nas elevações no casaco do camponês. E foi aí que pensou: "Este homem deve ter trazido todas as suas economias para não perder sua liberdade. Deve estar disposto a dar tudo. Vou surpreendê-lo, assim ele me será grato e me entregará de coração, sua pequena fortuna e não poderá dizer que me subornou" e disse: " Senhor comerciante, releve o que esse homem do campo lhe disse ou fez. Seja superior! Ele já tem uma vida tão desgraçada e difícil. Pagará naturalmente com seu dia-a-dia. O comerciante se sentiu importante com aquelas palavras e saiu em paz. O juiz então, ficando sozinho com o camponês, perguntou-lhe: "Gostou da sua sentença, pobre homem? O que tem a me dizer?" O campões respondeu: "Que apesar de não concordar com o senhor ao dizer que minha vida é desgraçada, pois a amo muito, estou contente com a sentença porque prezo e preciso da minha liberdade. Posso ir?". O juiz ficou deveras surpreso, mas nada podia fazer por já ter proclamado a sentença. Então, resolveu apelar: " Pode ir, claro, mas antes me diga, o que você tem aí embaixo do casaco?" E ele disse: "Ah, são duas pedras que encontrei pelo caminho e quis guardar para mostrar aos meus filhos quando retornasse do tribunal". "E que pedras são essas?" indagou boquiaberto o juiz. E o homem do campo finalizou: "Representam o alicerce da vida de qualquer homem de bem: a Verdade e a Justiça. Como eu sabia que não tinha faltado com a verdade com aquele comerciante, tinha a confiança que a Justiça também não me faltaria".