O imperador amava seu touro. O considerava imbatível na arena. Milhares de inimigos haviam sido sacrificados à sua sanha. Tal era sua confiança irrestrita no animal, que resolveu pôr em risco seu reino e sua filha herdeira. Ofereceu-os como prêmio a quem, desarmado e por livre e espontânea vontade, se dispusesse a enfrentar o touro em luta corpo a corpo e o liquidasse.
Durante longo tempo, um cidadão observou o touro em ação, estudou seus mínimos detalhes, suas artimanhas, seu estilo de ataque e defesa, o poder de suas forças e suas possíveis fraquezas. Até que se convenceu e topou o desafio. Tudo preparado, cheio de confiança, dirigia-se à arena quando um oficial do reino o interpelou por dever regimental sobre o seu último desejo: "Eu vou vencer o touro!"
O oficial completou sua fala perguntando se o desafiante havia lido todo o regulamento da disputa. O homem respondeu positivamente.
Após luta espetacular, ele venceu o touro bravo e foi aclamado pela população como herói nacional.
Porém, perplexo e sem explicações, ele foi transportado, imediatamente, a uma sala de cirurgia, isso para atender o regulamentar teste antidrogas.
Já morto, com as vísceras extraídas e analisadas, sai o resultado do laudo toxicológico:
"O desafiante não estava dopado".
Caro leitor, a vida é composta de normas, regulamentos e regras em todos os setores, inclusive familiar.
Devemos conhecê-las e aplicá-las. Se descumpri-las, não adianta depois reclamar.