Um filho perguntou à mãe: "Mãe, posso ir ao hospital ver meu amigo? Ele está doente!" A mãe responde com uma pergunta: "Claro, mas o que ele tem?" O filho, com a cabeça baixa, diz: "Tumor no cérebro". A mãe, furiosa, diz: "E você quer ir lá pra quê? Vê-lo morrer?" O filho preferiu não discutir com a genitora e saiu de casa. Horas depois ele volta vermelho de tanto chorar, dizendo: "Ah mãe, foi tão horrível, ele morreu na minha frente!" A mãe esbraveja: "E agora? Tá feliz? Valeu apena ter visto uma cena tão horrível?" Uma última lágrima caiu de seus olhos e, acompanhado de um sorriso, ele disse: "Muito, pois cheguei a tempo de vê-lo sorrir e dizer: eu tinha certeza que você viria me visitar".
Caro leitor, amizade não se resume somente às horas boas, de alegria e festa. Para esses momentos você encontrará muitas companhias, mas talvez nenhum amigo verdadeiro. Amigo mesmo é aquele que você sabe que poderá procurá-lo a qualquer hora do dia ou da noite e ele estará disposto a te ouvir e colaborar no que puder. Na infância a amizade tem a função de ajudar na socialização. São os amigos que nos apresentam o mundo que vai além do seio familiar. Na adolescência, os amigos são os principais fatores de construção da nossa identidade e da definição dos nossos valores e opiniões. Na fase adulta, com novas obrigações, desejos e prioridades, apesar de estarem menos presentes, sua importância não diminui. À medida que envelhecemos, a amizade ganha importância e é sem dúvida uma forma de afastar a solidão.