Uma menina debruçada na janela de sua casa chorava pela morte do animal de estimação. Com muita tristeza, observava o jardineiro enterrar o amigo de tantas brincadeiras. O avô que a observava aproximou-se, deu-lhe um abraço e chamou-lhe a atenção para outra realidade.
Pegou-lhe pela mão e a conduziu para outra janela. Abriu as cortinas, mostrou-lhe um jardim florido e disse:" Está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali à frente? Lembra que você ajudou a plantá-lo? Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos e hoje veja como está lindo". A menina enxugou as lágrimas que ainda corriam e abriu um largo sorriso mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre as rosas que enfeitavam o jardim.
O avô, satisfeito pôr tê-la ajudado a superar aquele momento difícil disse: "A vida nos oferece sempre várias janelas.
Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra e certamente nos deparamos com uma paisagem diferente".
Amigo leitor, tristeza ou alegria, dependerá muito de seu ângulo de visão. Muita gente somente enxerga a perda ou a falta. Outros, mais espiritualizados, valorizam e agradecem aquilo que tem e não o que não possuem. O sentimento de satisfação está muito atrelado e gratidão e a valorização das pequenas coisas pequeninas do dia a dia, que para alguns, passam despercebidos. Como exemplo, posso citar aqueles que só valorizam a saúde quando ficam acamados.
Nesse instante as insatisfações corriqueiras perdem valor, pois o foco está em algo muito mais valioso, que é estar bem fisicamente e emocionalmente.