Escolas que ensinam alunos a estudar, mas não a aprender

É incrível como tem gente que estuda bastante mas não consegue obter boas notas. Quando o assunto é concurso público ou vestibular os problemas com o aprendizado se solidificam, pois poucos conseguem obter sucesso. Muita gente acaba achando que não tem capacidade para aprender ou até que lhe falta inteligência, mas isso não é verdade. O que as escolas esquecem de ensinar aos alunos, logo nos primeiros anos, é como estudar e gerar aprendizado efetivo e permanente. A decoreba não funciona, pois tem caráter eminentemente temporário. O psiquiatra americano Willian Glasser que nasceu em 1925 explica que a educação, para que seja assertiva, não deve se limitar à memorização mecânica e técnicas similares que contribuem pouco para o aprendizado efetivo. Quando lemos, vemos e escutamos geramos capacidade de aprendizado em torno de 50% e isso é muito pouco para termos destaque. Os professores devem ainda motivar os alunos a praticarem três atividades: 1)Discutir: a debater sobre um assunto o aluno se motiva a reflexão e autocrítica, estimulando assim a construção de feedbacks. 2) Fazer: O conteúdo é mais facilmente assimilado quando praticamos aquilo que está sendo ensinado, ou seja, precisamos vivenciar o que desejamos aprender. 3) Ensinar: É o ato de explicar e resumir o que foi aprendido aos colegas de classe, havendo assim uma troca de informações. Professores em sala de aula deveriam criar contextos para que os alunos possam ensinar um aos outros, colocando sempre que possível, a teoria na prática. Portanto, entendo piamente que o aluno deve sair da inércia e da mesmice para que o aprendizado se transforme em atitude, muito além das teorias, buscando sempre resultado efetivos e concretos. Uma pena que as escolas no Brasil insistem também em ensinar alunos a serem futuros empregados, num mundo cada vez com menos emprego, ao invés de abrir as mentes dos estudantes para o empreendedorismo e inovação .