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Jornal Diário de Suzano - 26/04/2024
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Coluna

Não se politiza a saúde

17 março 2021 - 05h00
Não se começa a construir uma casa pelo telhado. É preciso organizar, planejar e ter um projeto consistente. Assim é em tudo na vida e também precisa que seja assim na hora de se resolver uma crise tão devastadora como a que estamos enfrentando em razão desta pandemia. As estruturas governamentais não podem trabalhar como polias soltas. É preciso que haja uma interação e uma sinergia entre todos os poderes constituídos, principalmente entre os Ministérios da Economia e da Saúde.
É fundamental que tenhamos um centro de controle e métodos, criando assim uma linha central de trabalhos e protocolos para que todos os agentes na linha de frente desta pandemia saibam o que fazer e sigam as mesmas condutas. Não pode cada um, cada Estado, cada Município, fazer aquilo que bem entende (ou não entende) ou se render às influências políticas. 
Não há mais como negar que o uso de máscara e o distanciamento social são fundamentais para conter a propagação deste vírus. Precisa também que haja uma coordenação central de produção e distribuição das vacinas, tecnicamente aprovadas pela Anvisa, para imunizar a população de forma rápida e com toda a segurança que as campanhas nacionais de vacinação no Brasil sempre tiveram. 
Em paralelo, o Ministério da Economia precisa implantar as ações para que as pessoas tenham condições de alimentar sua família, pagar as contas. É preciso que o Auxílio Emergencial seja rapidamente liberado para quem precisa e com um valor compatível com o custo de vida de uma família. 
E é fundamental que os segmentos econômicos, que geram emprego e renda, também sejam assistidos pelo governo para que possam passar por esse tsunami, se recuperar, voltar a abrir as portas e as pessoas recuperem seus empregos. 
No ano passado, aprovamos, no Congresso Nacional, Pronampe, mas poucos foram os que conseguiram obter as linhas de crédito em razão do excesso de burocracia e as exigências para a aprovação dos empréstimos. Esse programa precisa retornar, mas de forma verdadeiramente acessível para que os micro e pequenos empresários possam contar com as linhas de crédito. 
Ninguém, seja pessoa física ou jurídica, quer contrair empréstimo à toa. Quem faz isso, faz porque necessita, ainda mais agora. Basta ver a quantidade de aposentados e pensionistas que estão sufocados pelos consignados, muitas vezes obtidos para ajudar um filho que perdeu o emprego e passa por dificuldades. E esse é um tipo de crédito que a pessoa não tem opção de pagar ou não. Só que, durante essa pandemia, quem não pode pagar, tem que ter como alternativa entrar em contato com sua agência bancária pedindo que o desconto dos próximos quatro meses seja transferido para o final do contrato. Esse é o projeto que apresentamos e aprovamos no Congresso e tem que ser sancionado rapidamente pelo Governo Federal.
É fato que a Covid-19 pegou o mundo de surpresa. Ninguém imaginava que seria esse caos, mas é certo que os países que ser organizaram e não se apequenaram em seus próprios mundos, estão saindo dessa crise. Enquanto isso, nós não encontramos nem leitos nos hospitais e nem vacinas suficientes.