Um homem bateu à porta do vizinho para fazer um simples pedido:
"Poderia me emprestar seu jumento um pouquinho?"
A resposta foi rápida e muito educada: "Meu bom amigo, você sabe que eu faria qualquer coisa no mundo para lhe ajudar.
Eu adoraria emprestar meu jumento, mas, infelizmente, ele não está aqui; meu primo saiu com ele para fazer pequena viagem".
Exatamente naquele momento o jumento zurrou muito alto, pois estava com fome.
O rapaz não perdeu a oportunidade e replicou: "Vejo que é meu dia de sorte, parece que seu jumento está aqui mesmo".
O vizinho não gostou do comentário e disparou: "Como se atreve!
Você ousa acreditar no jumento e duvidar de mim, um homem distinto e honesto?"
Amigo leitor, a presente estorinha nos leva a profundas reflexões.
A mentira é fácil de ser contada e geralmente é identificada com rapidez. Por outro lado, conviver com ela não é fácil.
Muita gente venda os olhos para acreditar numa falsa realidade.
Essa postura se encaixa bem no antigo jargão popular "me engana que eu gosto" .
Certa vez, fui visitar um amigo de longa data.
Na ocasião, reparei que o filho dele, de 19 anos, estava forte como um touro; mal cabia na camisa GG. Perguntei ao meu amigo se o filho estava fazendo uso de anabolizantes.
Com ar de desagrado, ele retrucou:
"Jamais meu filho usaria essas porcarias que fazem mal para a saúde; ele só consume vitaminas e suplementos".
Pedi desculpas e disse: "Não está mais aqui quem falou".