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Jornal Diário de Suzano - 16/04/2024
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Coluna

Demo+Cracia

18 setembro 2021 - 05h00

A Organização da Nações Unidas definiu que em 15 de Setembro seria comemorado o Dia Internacional da Democracia. Foi nessa semana. Não vimos grandes manifestações em nosso País. Mas posso imaginar que foi mais por falta dessa mesma informação.
Esse evento foi marcado no ano de 2007, referindo-se efetivamente a essa data no ano de 1997, quando foi aprovada a Declaração Universal da Democracia, promovida pela União Interparlamentar (UIP). Observe-se que um dos pontos dessa Declaração diz assim:
“A democracia é um ideal universalmente reconhecido, uma meta que se baseia em valores comuns partilhados pelos povos de todo o mundo, independentemente de diferenças culturais, políticas, sociais e econômicas. É, portanto, um direito básico de cidadania, a ser exercido em condições de liberdade, igualdade, transparência e responsabilidade, com o devido respeito à pluralidade de pontos de vista, no interesse da comunidade.”
O que se pretendia concretamente era ampliar o entendimento da Democracia ao máximo de pessoas por todos os países do mundo, a partir dos 128 membros da ONU de então. Pretendendo se conscientizar o que são os princípios e características de uma conduta democrática, seja por parte do cidadão, seja pelos governos. 
Vejamos alguns aspectos: Democracia vem do grego “demokratia”, surgida lá por 510 a. C., por Clístenes, que pretendia estabelecer o princípio da “isonomia”, quando todos os cidadãos são iguais perante a Lei. A palavra grega manifesta a junção das expressões, de um lado, “demos”, que representa a noção de “povo”, e por outro lado “kratos”, que representa “poder” ou “forma de governo”. Assim, deve ser entendida como expressando o “poder do povo”, ou o “governo do povo”.
Não seria mais possível num país como o Brasil, com uma população de 211 milhões de pessoas a realidade de uma Democracia Direta. Fica inviável na prática até ouvir todo mundo. 
Quando muito os dirigentes de uma empresa, como já vi aqui mesmo em Suzano, há uns 40 anos, podem pedir a manifestação dos trabalhadores. E premiá-los pelos bons resultados.
Por outro lado, uma Democracia Indireta, Representativa, fica mais viável. Todos atuam para escolher um grupo que os representará. É a que temos em nosso País. Está claro que nem todas as nossas escolhas tem sido tão boas. Mas isso cabe a nós, cidadãos, repensá-las e rever nossos resultados e propor alterações que os melhorem.
Temos umas falhas graves? Verdade! Enfim, precisamos repensar os tantos privilégios que desigualam alguns representantes dos próprios cidadãos. Sem dúvida, temos faltas imensas no básico para a vida, falta-nos em Educação, Saúde, Segurança, Habitação, Alimentação, fatos que nos impactam de modo destrutivo, sabemos. Mas não podemos trocar Democracia por Ditadura, onde a maioria tudo perderá e só uns poucos rirão.
O fundamental na Democracia é a participação das pessoas o mais amplamente nos atos sociais e suas decisões. Isso implica no intercâmbio, no diálogo e nas negociações.
Não percamos a esperança no que podemos!