sexta 19 de abril de 2024Logo Rede DS Comunicação

Assine o Jornal impresso + Digital por menos de R$ 34,90 por mês, no plano anual.

Ler JornalAssine
Jornal Diário de Suzano - 19/04/2024
Envie seu vídeo(11) 4745-6900
Coluna

Boas palavras

22 maio 2022 - 05h00

Boas palavras são como um bálsamo para a alma. A boa palavra é aquela que é dita de forma adequada, em momento oportuno, trazendo edificação para aqueles que a ouvem. Boas palavras curam, levantam, trazem renovo, bom ânimo. A Bíblia é fonte de palavras que nos renovam, quando estamos cansados, desanimados, quando nos sentimos fracos, sem forças para prosseguir. Tudo o que existe no universo veio a existir pelo poder da palavra de Deus. Disse Deus: "Haja luz. E houve luz". (Gênesis 1:3) A capacidade de comunicação é uma bênção. Todavia, se existe um problema comum a quase todos os homens, este é o uso inadequado do falar. A comunicação defeituosa, com ruído, é a raiz da maioria dos problemas entre as pessoas. O apóstolo Tiago escreveu muito sobre o uso da palavra: "Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Mas se alguém não tropeça no uso da palavra, o tal pode ser considerado homem perfeito, e é poderoso para refrear todo o seu corpo... (Tiago 3:2) Na vida em família, muitos pais deixam de elogiar os filhos por temerem que eles relaxem em seu comportamento ou desempenho. Muitas crianças sequer ouvem um cumprimento dos pais; todavia, são repreendidas quando falham. É fácil repreender, condenar ou punir as crianças, enfatizando os comportamentos, muitas vezes, desagradáveis. Mas pensemos por um momento nisso: Quanto sofrimento e desgaste seriam evitados, se nossas palavras de encorajamento para os filhos excedessem às críticas?! Numa pesquisa feita pelo Instituto Americano de Relações Familiares foi solicitado às mães que registrassem o número de vezes que faziam comentários negativos e positivos para os filhos. A pesquisa mostrou que as mães criticavam dez vezes mais do que elogiavam. A conclusão do estudo foi que quatro declarações positivas são necessárias para apagar os efeitos de uma declaração negativa para a criança. Um dos usos impróprios da palavra ocorre quando murmuramos. A murmuração é um mal que está presente na vida da maioria das pessoas. É difícil encontrar hoje em dia alguém que não se queixe de nada. As más notícias, as reclamações contínuas já fazem parte do cotidiano das pessoas. Mas não deveria ser assim. A murmuração é resultado de um coração irado e ingrato; de uma vida que não reconhece as bênçãos que estão sendo derramadas por Deus a cada dia; de alguém que não aprendeu a viver na dependência da providência divina. Portanto, a murmuração, acima de tudo, é sempre contra Deus. O apóstolo Paulo em Romanos 9:14-24 nos mostra que o homem, quando se queixa, está se colocando contra a soberania de Deus: "Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus? Porventura pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?" Jesus Cristo é o nosso maior exemplo. Ele tinha um coração agradecido: "Pai, graças Te dou..." Mesmo sendo em forma de Deus, submeteu-se sempre à vontade do Pai e, com humildade, aceitou em Si os planos de Deus. 
Em nossos relacionamentos precisamos exercitar o controle da língua. Em primeiro lugar, deve haver honestidade no falar. Mas essa sinceridade deve ser acompanhada de misericórdia, em vez de se tornar uma forma cruel de egoísmo para descarregar as frustrações nos outros. Jesus ensinou que o nosso falar deve ser "sim, sim: não, não. O que disso passar vem do maligno". Ou seja, devemos ser pessoas de palavra, pessoas que cumprem aquilo que falam. Até mesmo brincadeiras, chamadas de inofensivas por seus autores, podem ser usadas para ferir a dignidade do próximo. É tão comum, infelizmente, palavras serem usadas para ferir, humilhar, expressando o que há de pior no interior daqueles que as utilizam. Do mesmo modo, as calúnias e injúrias não devem fazer parte da vida de um cristão. Nessa categoria podemos incluir as fofocas e difamações. É incrível como muitos vivem preocupados com a vida do próximo, procurando apontar os defeitos dos outros, em vez de corrigirem seus próprios defeitos! Vamos, portanto, praticar o que está em I Pedro 3:30: "Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes, refreie a sua língua do mal e evite que seus lábios falem dolosamente".