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Editorial

Editorial - 08/03/2015

08 março 2015 - 08h00
Dia da Mulher

O Dia 8 de março é um marco na luta pelos direitos das mulheres ao redor do mundo. Passadas várias décadas, os avanços na liberdade de direitos foram importantes, mas ainda é preciso “caminhar”. Se fosse possível retroceder no tempo e contar para um cidadão do começo do século 20 que as mulheres, hoje, votam, tem média de escolaridade maior que a dos homens, governam países e estão inseridas amplamente no mercado de trabalho, talvez o sujeito não acreditasse no relato. No entanto, ainda há muito o que avançar para se alcançar a igualdade de direitos entre homens e mulheres. No Brasil, os avanços foram importantes com a eleição da primeira mulher presidente e garantia de direitos. Mas, os dados sobre a opressão sofrida pelas mulheres ainda é assustador. Segundo pesquisa realizada pela Comission on the Status of Women da ONU, uma em cada três mulheres no mundo já foi espancada ou violentada sexualmente. Os números no Brasil também são alarmantes. A cada cinco minutos, uma mulher é agredida. Em cerca de 70% dos casos, quem agride é o marido ou namorado, de acordo com relatório do Ministério da Justiça de 2012. Os direitos constitucionais ainda não garantem igualdade de condições para os gêneros. Para entender as diferenças entre homens e mulheres no mercado de trabalho, por exemplo, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) diz que a equiparação de salários só deve acontecer daqui a 87 anos, para mulheres e homens que executam as mesmas funções. As mulheres, no caso, ganham menos. A data de comemoração do dia das mulheres é simbólica. No entanto, é uma boa maneira de inserir o debate sobre os direitos das mulheres e colocar o tema na agenda. É importante lembrar dos avanços, mas, ao mesmo tempo, reconhecer que a caminhada para dotar homens e mulheres em igualdade de direitos ainda vai levar tempo. É importante que as políticas públicas permitam a discussão nas escolas sobre igualdade de condições para os gêneros. Enquanto isso não acontece, é preciso que as mobilizações se mantenham para que as reivindicações antigas sejam concretizadas no Brasil e no mundo.