AA geração de empregos nas cidades brasileiras enfrenta um desafio monumental. Ainda que algumas experiências locais tragam esperança, é preciso reconhecer a dificuldade persistente e a urgência de políticas afirmativas eficazes. A recente realidade de Suzano é emblemática: “a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego registrou 2.848 atendimentos no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) ao longo do primeiro semestre deste ano. O convênio com o Governo de São Paulo … viabilizou 950 contratações entre janeiro e junho” . Esses números dão uma ideia do esforço, mas também expõem o quanto ainda falta.
Em muitas cidades brasileiras, identificar situações precárias, consolidar capacitação profissional e oferecer intermediação eficiente entre oferta e demanda continuam sendo pontos críticos. A política afirmativa deve atuar na origem do problema, diagnóstica realidades locais – como zonas com alto desemprego juvenil ou regiões com baixa escolaridade — e implementar estratégias para corrigir esses desequilíbrios.
Suzano atua nesse sentido. Com convênio estadual e estrutura no Centrus, o município presta serviços que vão desde emissão de carteira de trabalho ao cadastro em vagas, orientação para seguro-desemprego e encaminhamentos a entrevistas. Porém, isso depende de continuidade e ampliação. São Paulo, Minas, Bahia, Rio Grande do Sul e demais estados brasileiros precisam adotar modelos semelhantes, fortalecendo parcerias estaduais e federais.
É essencial repetir o modelo das boas práticas: identificação clara dos problemas, intervenção direta em comunidades vulneráveis, incentivo à qualificação e apoio em todas as fases do processo de contratação. Políticos comprometidos devem viabilizar recursos para PATs, centros de qualificação e intermediação ativa da mão de obra. Sem isso, continuará prevalecendo um círculo vicioso: desemprego alto, economia estagnada e migração juvenil em busca de oportunidades.
Em resumo, a realidade brasileira exige que prefeitos, governadores e parlamentares reconheçam que gerar emprego não é apenas investimento: é compromisso com o desenvolvimento social e econômico. E nisso, como mostra o exemplo de Suzano, cada atendimento que leva a uma contratação representa esperança — e um passo à frente rumo a cidades mais justas e prósperas.




