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Jornal Diário de Suzano - 20/10/2024
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Editorial

Editorial - 07/03/2015

07 março 2015 - 08h25

Lava Jato Deflagrada em 17 de março de 2014 pela Polícia Federal (PF), a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões. Tudo isso, muito graças ao trabalho independente da PF em torno de mais uma escândalo no País. É importante, neste momento, em que divulga-se a lista com os nomes de políticos envolvidos no escândalo, dizer que a total independência da polícia na apuração deste caso foi primordial para que se chegasse ao desfecho do caso. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio. A Petrobras está no centro das investigações da operação, que apontou dirigentes da estatal envolvidos no pagamento de propina a políticos e executivos de empresas que firmaram contratos com a petroleira. Entre os delitos cometidos por supostos "clientes" do esquema de movimentação ilegal de dinheiro estão tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos. O personagem central do escândalo é o doleiro Alberto Youssef, mas novos nomes surgiram dias após o início da investigação. Primeiro, foi o do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, suspeito de receber propina de Youssef pra facilitar negócios na estatal. Depois foi a vez do deputado petista André Vargas, que deixou o partido após as denúncias serem conhecidas. Ele pegou carona em um jatinho do doleiro. Vargas também estaria intermediando negócios de Youssef no Ministério da Saúde. Outro deputado envolvido com o doleiro, segundo a PF, é Luiz Argôlo (SDD-BA). Ele teria usado verba da Câmara para pagar serviços a uma empresa de Youssef. É importante que a investigação prossiga e todos os culpados sejam punidos. Os desvios são grandes. Os valores substanciais nas denúncias apontadas. O trabalho da Polícia Federal tem de continuar para que o País passe “a limpo” toda essa situação que mancha a imagem do País no exterior.