Moradores de rua

A realização de políticas públicas para moradores de rua é importante. O Poder Público, nos últimos anos, tem buscado cada vez mais intensificar ações para este setor. Ontem, a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, divulgou durante um evento, que a cidade de Suzano cadastrou em oito anos, mais de duas mil pessoas em situação de rua. O cadastramento foi feito pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). A divulgação dos dados trouxe informações importantes, com um perfil dos moradores de rua da cidade. Só para se ter uma ideia, do total cadastrado mais de 89% são de outras cidades. Isso deve acontecer por conta do fácil acesso ao município de Suzano até mesmo por meio dos trens e é uma grande dificuldade para que o Creas consiga fazer o encaminhamento destas pessoas para retornar ao vínculo familiar. Oura informação divulgada é que a maior parte destas pessoas em situação de rua são homens. Eles representam 1.795 pessoas, enquanto as mulheres são 214. Além disso, o Creas divulgou que a faixa etária deles traz em sua maioria pessoas de 31 a 40 anos e em segundo lugar um grupo ainda mais jovem, com idade entre 18 e 30 anos. Todas estas informações são importantes para que a cidade possa fazer um mapeamento das ações a serem realizadas. Suzano tem hoje uma entidade que atende as pessoas em situação de rua: o Centro Bom Samaritano, no Jardim Nazareth . Por vezes, a unidade fica lotada, já que possui 50 vagas para atendimento. O local funciona há mais de dez anos e é mantido ela Cáritas de Suzano- entidade ligada a Igreja Católica e pela Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. Com funcionamento 24 horas e oferece alimentação e estadia a imigrantes, andarilhos, moradores de rua e famílias em situação de risco. Além da casa de acolhimento, a Prefeitura realiza ações por meio do Creas. Além do cadastramento, funcionários fazem abordagens constantes a esses indivíduos, na tentativa de tirá-los de sua situação de vulnerabilidade. O centro realiza abordagens a moradores de rua durante todo o ano, com educadores sociais e psicólogos. A primeira medida é tentar inseri-los em programas de transferência de renda, depois de tentar colocá-los em um serviço de acolhimento se não tiverem família. Outra ação realizada foi uma parceria com as pastas da Saúde, Defesa Civil e Social, Educação e Desenvolvimento Econômico para a realização de ações integradas na tentativa da retirada e recuperação de pessoas que moram na rua.