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Jornal Diário de Suzano - 14/12/2025
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Editorial

Tombamento da Igreja do Baruel

02 setembro 2025 - 05h00Por editoracao

Preservar a memória cultural dos patrimônios públicos é fundamental para construir a identidade social, fortalecer o sentido de pertencimento e garantir o acesso à memória coletiva, permitindo a compreensão do presente e a projeção do futuro. 
Além disso, essa preservação gera benefícios econômicos através do turismo cultural e promove o desenvolvimento social e a coesão comunitária. 
Em Suzano, a preservação da memória histórica e cultural de Suzano avançou mais uma etapa quando o Conselho Municipal de Patrimônio Cultural (Compac) apresentou à comunidade o projeto de tombamento da Capela Nossa Senhora da Piedade, a Igreja histórica do Baruel.
Um avanço importante. A iniciativa, que começou a ser discutida em 2021, ainda na gestão do então prefeito Rodrigo Ashiuchi, é considerada um dos processos mais complexos em andamento no município, envolvendo estudos aprofundados sobre o valor material e imaterial do espaço religioso e das manifestações culturais ligadas a ele. 
Patrimônios públicos, como monumentos e edifícios históricos, são testemunhos da história de um povo, ajudando a moldar a identidade de uma sociedade e de seus cidadãos. 
Preservá-los garante o direito à memória individual e coletiva, permitindo que as gerações atuais e futuras compreendam o universo sociocultural em que estão inseridas. 
A apresentação foi feita logo após uma tradicional missa realizada pelo padre Luiz Ricardo, na própria igreja, e contou com a participação do vice-prefeito Said Raful; do secretário de Desenvolvimento Econômico e Geração de Emprego, Mauro Vaz; do vereador Josias Ferreira da Silva, o Josias Mineiro; e do presidente do Compac, Renan de Lima Franco.
O processo de tombamento busca garantir a preservação da igreja, um dos marcos históricos mais importantes da cidade; a Festa do Baruel; a tradicional caminhada que começa no centro da cidade e segue em peregrinação até a capela; além de outras expressões culturais associadas ao espaço. Essa proteção abrangerá não apenas a edificação, reconstruída em 1916 com o altar em estilo barroco tardio, mas também tradições e práticas que fazem parte da identidade local. 
A igreja é um marco para Suzano. Trata-se de um dos primeiros povoados que surgiram na região, quando se deu a ocupação do território em que foi formada a sociedade suzanense, antes da chegada da estrada de ferro.