A história da cidade de Suzano começa, na verdade, em Mogi das Cruzes. O atual bairro do Baruel, hoje situado na região do Distrito de Palmeiras, pertencia na época à cidade vizinha.
A Igreja do Baruel é considerada o ponto de origem de Suzano. Nesta semana será tomada uma decisão importante sobre o tombamento da Capela Nossa Senhora da Piedade, a Igreja histórica do Baruel. O anúncio será feito na quinta-feira (11/09) durante reunião aberta ao pública que será organizada pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac), às 15 horas, no Anfiteatro Orlando Digenova (rua Benjamin Constant, 682 - Centro).
A etapa representa a parte final de uma série de pesquisas que começaram em 2022, quando foi iniciada a análise histórica e cultural desses bens. Por essas referências, passaram a ser defendidos os argumentos que deveriam justificar o tombamento da igreja, reconstruída em 1916, assim como do altar em estilo barroco tardio, do memorial do antigo cemitério e também dos elementos imateriais ligados à tradição desta comunidade, como a “caminhada”, a capelinha de mão e a macarronada com frango.
De acordo com a Prefeitura, os estudos buscaram demonstrar, acima de tudo, que a Igreja do Baruel é um marco para Suzano, pois trata-se de um dos primeiros povoados que surgiram na região, quando se deu a ocupação do território em que foi formada a sociedade suzanense, ainda antes da chegada da estrada de ferro. Além de sua importância arquitetônica, o local sempre foi palco de fé e tradição para a comunidade.
As pesquisas revelaram que a primeira igreja construída, ainda de taipa, foi resultado dos anseios da sociedade que vinha se formando a partir da mineração. Conforme indicação das evidências históricas do século XVII, teria sido encontrado ouro de aluvião nas proximidades do que hoje é o Baruel. Como consequência da concentração de mineradores, e diante da necessidade de um local para professar a fé dos habitantes, foi instalada a capela no entorno da comunidade.




