Os cartões vermelhos e o descontrole dizimaram o Corinthians na Copa Libertadores. As expulsões nortearam a campanha, da primeira fase ao vexame de ontem, no Estádio Itaquerão, em São Paulo, diante do Guaraní, do Paraguai. Ao fim do jogo, lágrimas e tristeza dominaram o ambiente. Contra um rival que jogou fechado, mas que em nenhum momento apelou à violência, o time do técnico Tite terminou o jogo com nove atletas, eliminado e derrotado por 1 a 0. Fábio Santos e Jadson foram expulsos no segundo tempo e enterraram qualquer chance de o Corinthians tentar a classificação às quartas de final. Se com 11 já estava difícil buscar uma vitória por três gols, com dois homens a menos, ficou impossível. O time desmoronou - atingiu a marca de oito expulsões em 2015, seis só na Libertadores. A lista na competição continental ficou mais extensa: Fábio Santos (duas vezes), Guerrero, Mendoza, Emerson e Jadson. No primeiro tempo, o Corinthians cumpriu seu papel. Faltou apenas o gol. Tivesse ido aos vestiários com a vantagem, o desfecho poderia ter sido outro. Foram nada menos que 14 finalizações em 45 minutos, cinco delas com endereço certo. O bombardeio aconteceu porque o time de Tite impunha seu jogo e detinha o controla de bola e o ritmo do jogo. Acuado, o Guaraní se defendia com duas linhas em seu campo, afinal o placar estava a seu favor. Malcom, a aposta do treinador, oscilou bons e maus momentos e não conseguiu construir uma jogada terminal. Por isso foi substituído. Na segunda etapa, Tite ousou, como já havia feito nos treinamentos. Danilo entrou no lugar do zagueiro Felipe. Ralf foi recuado. E Mendoza tomou o lugar de Malcom. Em tese, o Corinthians ganharia mais presença de área. A presença de um volante no meio de campo não era necessária. Tudo dentro do script. O técnico dizia que tinha um “plano B”. Uma dividida no meio de campo, um pé alto na frente do árbitro chileno Enrique Osses, Fábio Santos recebeu o vermelho. E tática nenhuma suporta isso. O lance infantil aconteceu aos sete minutos do segundo tempo. Jadson acertou um tapa na cara de Benítez, aos 30. Ele já tinha recebido amarelo, levou outro e também foi expulso. Exemplar só a torcida, que apoiou o time mesmo depois do gol de Fernández, aos 46 minutos. De quebra, caiu a longa invencibilidade de 32 jogos do Corinthians no Estádio Itaquerão.