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Opinião

Os ‘improváveis’

07 junho 2015 - 08h00

Os siros cercaram SUELISamaria, a capital de Israel no tempo do profeta Eliseu. Ninguém entrava nem saía da cidade. A comida foi acabando, e a fome já era extrema. Desespero total. O profeta Eliseu estava na cidade. Recebeu uma mensagem do Senhor de que a abundância existiria nas portas da cidade sitiada no dia seguinte. O capitão duvidou, achando uma coisa impossível. Quatro leprosos estavam do lado de fora, precisando também de alimentos. "Pior do que estava não poderia ficar". Resolveram, então, ir ao acampamento dos siros. Qual não foi a surpresa desses doentes: o acampamento estava deserto, dando a entender que os soldados tinham fugido em desabalada carreira. É que Deus tinha feito soar um falso ruído, que parecia a aproximação de um grande exército. O ruído era de cavalos e carros.     Os leprosos entraram nas tendas. Comeram o que encontraram e ainda levaram outras coisas para esconder.Mas uma sensação de culpa se apoderou de um deles que chegou a dizer: "Não fazemos bem; este é um dia de boas-novas e nos calamos". (II Reis 7:9) Eles ali com fartura, e a cidade com gente morrendo de fome. Combinaram, então, de comunicarem ao rei o grande achado. Foi o que fizeram. O rei de Samaria mandou abriu as portas da cidade. O povo saiu em busca do alimento providenciado por Deus. Cumpriu-se a profecia de Eliseu. O capitão não participou da bênção, porque duvidou do que Deus poderia fazer. Foi atropelado e morreu. Deus usou a vida daqueles quatro leprosos, rejeitados, para libertar uma cidade faminta. Da mesma forma, Deus usou a vida de uma menina, escrava hebreia, que trabalhava na casa do general Naamã para libertá-lo do mal da lepra. A menina contou para a patroa que na cidade de Samaria havia um profeta de Deus (Eliseu), que poderia ajudar Naamã. Este foi procurar o profeta, resistindo às orientações dadas por ele. Mas, por fim, depois de mergulhar sete vezes no rio Jordão, conforme as instruções do profeta, foi curado. Tornou-se, então, adorador do Deus de Israel, renunciando ao paganismo. (II Reis 5) Essa menina tinha sido levada como escrava, separada de sua família, provavelmente pelos exércitos do próprio general Naamã. Tinha muitos motivos para guardar ódio e ressentimento. No entanto, ela não agiu motivada pelos maus sentimentos. Quando seu inimigo precisou dela, não encolheu as mãos, não reteve as informações que fizeram a diferença entre a vida e a morte para Naamã. Deus usa os "improváveis", que se colocam ao Seu dispor para uma grande obra. Deixe Deus usar a sua vida também!

Sueli Barão

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