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Jornal Diário de Suzano - 15/03/2025
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Opinião

Visitando o amigo: Dr. João Roston

19 junho 2015 - 02h40

carmineVisitando a casa do Dr. João Roston, há alguns dias, vi as plantas, as flores, a grama e todo o jardim, mais solitários. O meu amigo está debilitado, consciente da gravidade de seu estado de saúde. Anos a fio, partilhamos momentos durante os quais falávamos de tudo: religião, política, economia, história antiga e moderna, enologia, por ser ele um grande enólogo, levando-me a conhecer e degustar tantos bons vinhos. No decorrer da velhice, João quis fazer de mim um grande amigo e com o passar do tempo fui admirando-o pela visão ampla e profunda, que tem sobre a existência humana. Do contexto profissional, como perito agrônomo e candidato a prefeito de Suzano nos primórdios da política suzanense, passou a exercer na cidade o cargo de Secretário de Obras, durante o 2º mandato de Estevam Galvão de Oliveira. Considero o Dr. João um enciclopédico, humanista e intelectual pelo seu modo de falar, pensar e questionar de maneira muito sábia, inteligente e culta. Hoje, consoante às precárias e débeis condições de saúde em que se encontra, posso dizer que o seu estado de vida, adquire um significado final de grandeza de alma e de espírito. A medicina está lhe ajudando a cuidar da saúde, da melhor maneira, de acordo com as capacidades de resistência física e humana do Dr. João. A vida prossegue, porém, ao visita-lo percebi em sua fala um mesclado de tristeza e alto grau de dignidade em relação ao processo ruim que afeta a sua saúde. Ele perdeu a sua autonomia e independência. Os movimentos no dia a dia são possíveis com o apoio dos filhos. Está lúcido e por isso dedico-lhe essa homenagem, interpretando os sentimentos de tantos seus amigos que o estimam e admiram. A vida do Dr. Roston foi sempre associada à família, à esposa Laiz, aos filhos Paulo, Carlos e João, aos familiares, à sociedade e à religião. De origem libanesa, proveniente de família católica, em João a ideia mais marcante de sua fé, é a de que a vida é uma dádiva de Deus. D´Ele nós viemos e a Ele voltaremos, ficando nítida a sua concepção religiosa no Cristo Salvador. Hoje, a velhice do meu amigo Dr. João, associa-se também ao sofrimento e adoecimento. Mesmo assim, há poucos dias, quis me convidar na sua casa, curtindo comigo, com muito cansaço, uma emocionante conversa e um generoso jantar Para ele, estes momentos de luta e de esperança, tornam-se menos dolorosos, por ser acompanhado com tanto afeto e por colocar novos valores e novos horizontes em sua vida. Sei que a cultura foi o melhor conforto para a velhice do Dr. João, acompanhada pela sabedoria e pela Fé. Essas características, lhe dão hoje a força e a alegria de assinar um pacto honroso com Deus, sabendo que somente n´Ele, encontraremos repouso e liberdade plena de amar e sermos felizes. A família liberou esta minha homenagem ao querido amigo, para ser publicada na coluna do Diário. E nesta coluna, mais uma vez, manifesto ao Sr. João Roston a minha gratidão e admiração por ele e pela sua família, com a esperança e o desejo de curtir esta amizade por muitos anos. Espero que o meu amigo, cansado pelo peso da enfermidade, ao ler esta minha matéria, respire aliviado, ajuntando todas as suas forças e pondo sua fé em Deus que fez da terra e do céu o seu reinado, onde todos, confiando n´Ele poderão viver num estado de graça.

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Padre Carmine

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