De 138.690 nascimentos desde 2016 no Alto Tietê, 7.867 crianças (5,6%) não tem registro do nome do pai na Certidão de Nascimento, ou seja, apenas o nome da mãe aparece no documento. Os dados são da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), com base nos Cartórios de Registro Civil.
Ferraz de Vasconcelos e Itaquaquecetuba, entre as dez cidades da região, registraram o maior percentual (7%) de crianças sem o nome do pai no registro de nascimento. O número de pais afastados de filhos em Itaquá é quase o dobro em relação a Ferraz. Ao todo, nasceram 30.713 crianças em Itaquá desde 2016. Destas, até hoje, 2.023 têm pais ausentes. Já em Ferraz foram computados 15.515 nascimentos, sendo que 1.042 crianças têm pais afastados.
O ranking é seguido por Biritiba-Mirim, Poá e Suzano. Os dois primeiros municípios têm 6% de crianças sem registro do pai.
Em Biritiba-Mirim foram registrados, durante o período, 1.820 nascimentos, sendo que 328 crianças têm pais afastados.
Já o município poaense conta com 385 pais ausentes, referente a 6.821 nascimentos desde 2016. A cidade suzanense, por vez, conta com 1.562 pais afastados dos filhos. O número é referente a 25.727 nascimentos.
OUTRAS TRÊS CIDADES
Outras três cidades têm 5% de crianças sem registro do pai: Guararema, Mogi das Cruzes e Santa Isabel.
Mogi tem, apesar de ser o menor percentual, o maior número de pais afastados dos filhos do Alto Tietê. Ao todo, a cidade computou 40.257 nascimentos, sendo que 2.026 crianças têm pais ausentes.
Já Santa Isabel tem 218 pais afastados dos filhos, número referente a 4.500 nascimentos. Guararema registrou 2.490 nascimentos e 121 pais são ausentes na cidade. Salesópolis, na penúltima posição, tem 4% de pais ausentes. O município, desde 2016, computou 1.047 nascimentos. Destes, apenas 44 crianças são afastadas dos pais.
Arujá fecha a lista com 328 pais ausentes, o que representa 3% do número de nascimentos na cidade, que foi de 9.800.
De acordo com a Arpen-Brasil, o registro de nascimento, quando o pai for ausente ou se recusar a realizá-lo, pode ser feito somente em nome da mãe que, no ato de registro, pode indicar o nome do suposto pai ao Cartório, que dará início ao processo de reconhecimento judicial de paternidade.




Alto Tietê tem 7.867 crianças sem registro do pai - (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)




