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Cidades

Líderes sindicais criticam reajuste do salário mínimo ‘aquém do ideal’

Projeto da Lei Orçamentária de 2023 enviado ao Congresso prevê aumento de R$ 8,00 para piso nacional

11 setembro 2022 - 14h00Por Donizette Tobias Jr. - Especial para o DS

Os líderes de sindicatos da região avaliaram como “absurdo” e “ridículo” o reajuste para o salário mínimo em projeto da Lei Orçamentária de 2023, enviado na última quarta-feira (31) ao Congresso. Para eles, “está aquém do ideal”.

O aumento é pouco superior ao valor aprovado no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na oportunidade, em abril deste ano, o governo estimou a correção de R$ 1.212,00 para R$ 1.294,00.

A alta da inflação nos últimos meses fez o poder executivo elevar a previsão para o salário mínimo no próximo ano.
Porém, este será o quarto ano seguido sem adequação real. A última vez foi ainda no início de 2019.

Para Pedro Benites, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Suzano, esta correção não está sequer perto do que deveria.

“Esse mínimo que o governo mandou para alteração para o próximo ano é um absurdo. Tem 4 anos que não tem um aumento real, somente correção de inflação”, disse Pedro, que completa: “Sabemos que a inflação medida é diferente para o rico, da classe média alta, e para o pobre, de classes inferiores. O pobre não vive como prevê a constituição, com direitos à saúde, segurança, educação, transporte e principalmente ao lazer. É impossível ter lazer com o que ele ganha neste salário mínimo”.

O líder cita ainda o cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O órgão afirma que o salário mínimo para o mês de julho, seguindo o ‘ideal’ para a inflação, deveria ter sido de R$ 6.388,55.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Suzano (SSPMS), Cláudio dos Santos, o Ted, avalia com similar contestação.

“Será que o presidente da República não deixa a gente usar o cartão corporativo dele? Principalmente o povo. É brincadeira. Não tem nem muito comentário sobre isso. Não é nem esmola um ‘aumento’ de R$ 8 para esta inflação. Não tem cabimento. Chega a ser ridículo. O 4º ano sem aumento, e com reajustes assim. Ele pode passear, fazer moto carreata, mas e o povo? ”, completa.

Vale lembrar que a Constituição determina a manutenção do poder de compra do salário mínimo.

Tradicionalmente, a equipe econômica usa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano atual para corrigir o piso mínimo do Orçamento seguinte.

O valor do salário mínimo pode ficar ainda maior, caso a inflação supere a projeção até o fim do ano. 

 

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