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Jornal Diário de Suzano - 27/07/2024
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Cidades

Mais de 8,7 mil são inadimplentes; maioria tem entre 30 e 45 anos

Levantamento indica aumento de 8% quando comparado ao ano passado, segundo a Associação Comercial

30 abril 2023 - 05h00Por Ingrid Leone - de Suzano

O número de pessoas inadimplentes chegou a 8,7 mil no mês de março deste ano, em Suzano. Houve um aumento de 8% quando comparado ao mesmo mês de 2022.

A Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Suzano registrou no ano passado, 7,9 mil inadimplentes, de acordo com o banco de dados, a Boa Vista SCPC.

Entre os consumidores que estão com alguma dívida em atraso, 42% estão na faixa dos 30 aos 45 anos e, logo em seguida, atingindo 34%, estão aqueles entre 46 a 60 anos.

Na sequência, as pessoas de 18 a 29 anos registram 15% e os acima de 65 anos representam 9% do total.
Segundo o economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, alguns fatores colaboraram para o aumento da inadimplência. “Essa piora na situação financeira do consumidor já era esperada. Observamos desde o início do ano que algumas linhas de crédito muito mais caras estavam crescendo de forma expressiva, como o cartão de crédito parcelado e o rotativo, então não chega a ser uma surpresa o cartão de crédito ter sido apontado por muitos consumidores como um dos fatores ", destacou.

Calife também acrescenta que o uso de créditos muito mais caros em um cenário econômico que já era delicado, com inflação e juros altos, dificilmente resultaria em outro resultado que não fosse o aumento no comprometimento da renda e nos números de contas que ficariam pendentes.

O presidente da ACE Suzano, Rodrigo Guarizo, também se diz preocupado com este cenário econômico.
“Estamos acompanhando os números com preocupação. A oferta de crédito está cara diante da taxa de juros atual e muitas vezes o consumidor deixa de fazer a conta, principalmente, em relação aos microcréditos oferecidos pelos bancos que costumam ser muito mais altos que a taxa Selic, por ser um crédito de maior risco”, alerta.

Em Suzano, a média do valor devido está na faixa de R$ 2.516,00. De acordo com a ACE Suzano, para quitar essas dívidas, a melhor maneira é a negociação direta com os credores, sem intermediários.

Assim, o inadimplente não corre o risco de pagar a um terceiro e sua dívida não ser quitada, no caso deste prometer que faria a intermediação, apenas para o usuário descobrir que a dívida continua existindo.

Quem está com dívida também pode negociá-la e fazer com que a negociação seja feita de forma que se obtenha um bom desconto para o pagamento total da dívida a vista ou, caso for parcelar, que sejam parcelas que caibam no bolso do consumidor para que ele possa pagar as parcelas da negociação e outros compromissos mensais.

A melhora neste contexto é esperada diante de uma possível reforma econômica e educacional.
“Precisamos que a reforma econômica prevista seja efetiva e tenha impacto direto nos consumidores e um exemplo disso é a atualização da tabela do Imposto de Renda, que pode liberar um bom valor para impulsionar a economia de varejo. 

Outra questão é a educação financeira, pois sem um bom planejamento financeiro, muitas vezes o que se perde com pagamento de juros e renegociações de dívidas poderiam virar bens de consumo que alimentam toda uma cadeia econômica”, conclui Guarizo.
 

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