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Cidades

Passageiro suzanense denuncia agressão em estação do Metrô Portuguesa-Tietê

De acordo com ele, os crimes aconteceram após o agente confundir um pacote de bala com drogas

01 setembro 2017 - 09h01Por Lucas Lima - De Suzano
O autônomo suzanense Leandro da Silva, de 22 anos, foi agredido e ameaçado na estação do metrô Portuguesa-Tietê, na Linha 1- Azul. De acordo com ele, a agressão aconteceu após um policial confundir um pacote de bala, que a vítima tirava do bolso, com drogas. O caso aconteceu no último dia 23.
 
Por volta das 11 horas, Silva esperava o metrô e decidiu chupar bala. Ao tirar o pacote do bolso e desenrolar o doce do papel, o policial confundiu com drogas. Foi então que o agente iniciou as agressões. "Estava tirando uma das últimas balas do pacote, que ficam no fundo, quando o policial pensou que tinha droga ou algo enrolado. Sem perguntar, ele veio apertando meu pescoço e me xingando", contou. Depois de o agente observar que não se tratava de nada ilícito, deixou a vítima sair. "Fui andando e falei que era trabalhador", disse Silva.
 
Porém, os ataques não pararam. Ambos entraram no mesmo vagão, com destino ao metrô Portuguesa- Tietê. Segundo a vítima, antes de desceram, o policial tirou a farda. Quando as portas do metrô se abriram, o agente o pegou e arrastou até a catraca de saída da estação. Na ocasião, ele apontou uma arma para a cabeça do suzanense. "Fiquei muito assustado, pois ele saiu me arrastando até a catraca e ficou apontando a arma na minha cabeça. Na hora, fiquei me jogando no chão, mas a população que estava presente mandava eu levantar para eu não me machucar", comentou.
 
O autônomo se levantou e o agente o levou para uma base da Polícia Militar (PM), que fica próxima à estação. No local, a vítima disse que o policial afirmou que Silva era um ladrão de celular. "Ele falou que meu celular era roubado e que eu tinha passagem. Mexeu nas informações do meu aparelho, puxou meus dados de identidade, mas nada encontrou", relatou a vítima. Depois, Silva contou que o policial tirou foto do rosto dele e falou que iria o bater se o encontrasse de novo no metrô. 
 
O suzanense conversou com outros policiais, que o orientaram a ir até a Corregedoria. Ele registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) e disse que as câmeras do metrô flagram toda a ocorrência. A entidade apresentou fotos de policiais para a vítima, que disse ter reconhecido o agressor em uma delas. O resultado sairá em 10 dias. "Agora fico com o pé atrás de andar no metrô, pois fico com medo de encontrar ele e me fazer coisa pior. Tenho filhos para cuidar", completou. 
 
A assessoria de comunicação do Metrô informou que não pode impedir a ação da Polícia Militar dentro do transporte e que uma medida não cabe à empresa.

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