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Jornal Diário de Suzano - 05/05/2024
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Coluna

A maternidade

16 janeiro 2024 - 05h00

Todos nós viemos para este mundo da mesma maneira e aqui chegamos nada trazendo além da vida e do corpo com um caminho a percorrer.
Somos bem vindos quando houve uma preparação para nossa chegada, nossos pais com amor planejaram a vida e deram asas aos seus sonhos, mas existem casos em que surgimos dum relacionamento relâmpago. Sem planejamento e sem perspectiva do que será quando a gestação findar, se a mulher que agora será mãe estará preparada, se estará amparada pelo homem que mudou sua vida ou terá que seguir sozinha com seus sonhos dilacerados e uma vida para cuidar e sustentar.
Cada dia mais cedo vemos meninas se tornarem mães, sem nenhuma preparação, somente dando vazão ao desejo físico muitas vezes envolvidas pela bebida ou pelas drogas. É uma idade em que o simples toque faz o corpo tremer, a pele arrepiar e o coração bater mais forte e confundir isso com amor é muito fácil nessa idade de inexperiência.
Algumas são acolhidas por seus pais que entendem a situação e as amparam carinhosamente, cientes de que também serão envolvidos nessa responsabilidade, mas o fazem com amor pela vida do pequeno ser que ali está em formação no ventre da criança que um dia também geraram.
Para aqueles que constituíram família, que deram prosseguimento ao que um dia sonharam juntos tudo é mais fácil, aguardar a chegada do bebê com ansiedade, curtindo seus movimentos, adquirindo roupinhas, montando o quarto onde irá passar parte de sua vida, os cuidados médicos para que tudo ocorra sem problemas e que o parto seja tranquilo quando chegar a hora, assim amor envolve o pequeno ser em formação.
Para aquelas meninas e mulheres que se envolveram acreditando que eram amadas e se entregaram no que chamam um ato de amor e agora se veem sozinhas a vida não seguirá tão perfeita, o medo, a incerteza do que será sua vida após o nascimento da criança, a falta de estrutura na maioria das vezes, a alimentação incorreta, a falta de acompanhamento médico torna a gestação mais difícil, apesar do desenvolvimento daquele ser que está sendo gerado não se apegar a nada disso, é a oportunidade de se lançar à vida, de se desenvolver e de progredir como espera a natureza.
A existência de alguns programas de ajuda para essas mulheres que na maioria se tornarão mães solo, as fazem sentir um pouco mais protegidas, amparadas e permitem que possam sonhar com um futuro melhor para aquele ser em formação e até mesmo para elas que ao receber um pouco de atenção criam esperanças de que um mundo melhor as espera e talvez aquela criança venha trazendo a alegria para suas vidas, a motivação para buscarem alternativas de melhora em sua vida que agora é de desamparo e solidão.
Esses projetos encaminham as jovens para o atendimento médico, cobrando seu comparecimento e acompanhamento para que o parto seja seguro e tranquilo, as amparam com palestras fortalecedoras, com cursos de profissionalização que permite que possam visualizar uma vida melhor num futuro próximo.
Quando a criança chega ao mundo essas mães estão mais fortalecidas com uma alimentação um pouco melhor, com um pequeno enxoval garantindo o conforto do recém-nascido e com a possibilidade de encontrar um emprego que sustente a si e a criança, sem esperar ajuda do companheiro, sem, entretanto deixar de buscar esse auxílio de maneira correta, quando não há o reconhecimento espontâneo. O amor as envolve agora de maneira verdadeira.