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Jornal Diário de Suzano - 28/04/2024
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Coluna

O tempo passa para todos

09 abril 2024 - 05h00

Como é bom ser jovem e cheio de energia para tudo.
Animação para sair, para fazer academia levantando peso, caminhar, encontrar os amigos, trabalhar, estudar e ainda encontrar tempo e disposição para a internet e para os encontros de final de dia como se não houvesse amanhã, é muita energia para ser consumida.
Todos em algum tempo de nossa existência também fomos assim e, ainda encontrávamos tempo para os flertes que poderiam resultar em namoro e até em casamento. Somos de uma geração que teve tempo, não nos era mais exigido que casássemos logo que o namoro começava, nossos pais tinham passado por isso e se tornado mais compreensíveis, então podíamos namorar com tranquilidade, analisar as situações e até desistir se achássemos melhor.
Lógico que alguns jovens entendendo que a paixão era tão grande quanto o entendimento casaram rápido e alguns tiveram matrimônios duradouros outros não, coisas da vida. Uma boa parte resolveu estudar, buscar melhores oportunidades de progredir dentro de suas profissões, mudar sua posição social para depois pensar num relacionamento mais sério, ciente de que o estudo e um bom emprego com carreira profissional sólida favoreceria uma união com estabilidade e conforto.
Com o tempo vieram os filhos fruto desse relacionamento bem embasado e passamos para eles nossa maneira de entender a vida, de não ter pressa, mas de se preocupar com uma carreira profissional e fortalecemos a ideia de que estudar era muito importante, o resultado são essas pessoas que hoje trazem em seu currículo mais de um diploma universitário, algumas pós-graduações e especializações que tornam o mercado mais seletivo e bem remunerado. Entretanto, ainda vemos jovens que preferem um relacionamento amoroso, mesmo em tenra idade, quando o corpo ainda está pedindo um tempo para se desenvolver, quando muitos de seus órgãos ainda estão completando sua formação, mas a sexualidade já se encontra aflorada e os relacionamentos mais intensos acontecem com frequência. O resultado é o que todos conhecemos gravidez precoce, normalmente de mães solo, pois, os pais apesar da vida sexual ativa ainda não tem nenhuma maturidade para enfrentar a constituição de uma família e sequer para enfrentar a paternidade com responsabilidade e, muitos avós acabam assumindo a criação desses netos com muito amor, o que pode gerar facilidade para que outros venham da mesma maneira, pois, não é cobrada a responsabilidade por esses namoros passageiros e seus reflexos para o futuro. Nem mesmo o governo facilitando os meios de acesso a boas escolas, a cursos profissionalizantes, garantindo uma poupança para incentivar os estudos não vemos o mesmo interesse desses jovens em buscar uma vida melhor, vemos ao contrário uma grande quantidade de jovens gestantes buscando programas de ajuda em ONGs e em projetos de auxílio, de preferência onde não haja cobrança de contrapartida, seja pelo incentivo ao estudo ou a cursos profissionalizantes que resultem em renda rápida e certa. Assim temos um número muito grande de jovens que se tornam gestantes quando estão cursando o primeiro grau, que não conseguem de fato cuidar de si mesmas, mas trazem em seu ventre uma criança em desenvolvimento, apesar das parcas condições físicas e financeiras e certamente poucas voltarão aos bancos escolares em busca de melhora. A certeza é que o tempo passa e cobra com juros e correção tudo que deixamos de fazer em prol de nossa evolução e a cobrança é dura e ninguém paga por nós...