E quando chega novembro sempre tenho inúmeras recordações, umas alegres outras doloridas, mas fazem parte de nossa existência os percalços e as alegrias...
Quarenta e cinco anos passados no último dia deste mês perdemos o esteio de nossa família, como aqui já contei algumas vezes, meu pai foi assassinado e ficamos com uma marca triste e indelével em nossa família...
O tempo passa cicatriza as feridas, ameniza a dor, nos mostra que a vida prossegue e por conta de uma fortaleza que nos acompanhou, conseguimos seguir em frente, sem pensar em vingança, entendendo os fatos que a vida nos apresenta e evoluindo com pensamento positivo que certamente gerou frutos aqui e no outro plano.
Novamente vem chegando o final do ano e o mês de novembro nos serve de alerta para a data festiva que se aproxima, onde reunimos a família e podemos nos abraçar, confraternizar, como já procuramos fazer durante todo o ano, apesar das correrias do trabalho, das dificuldades da idade, mas sempre procuramos estar presentes uns na vida dos outros.
É lógico que não devemos pensar somente naqueles que trazem consigo o mesmo sangue, mas envolver nesse abraço carinhoso os amigos, os colegas de trabalho, todos aqueles que nos cercam, afinal nada neste mundo é por acaso e todos fazem parte de nossa caminhada para a evolução,
Quando conseguimos pensar e agir assim a vida fica mais leve, mais produtiva e mais feliz e ao chegarmos ao final de nossa caminhada poderemos acreditar que cumprimos nossa missão com dignidade.
Este ano, talvez, por conta das redes sociais percebemos que muitas foram as perdas neste mês, entre amigos e familiares, além do fato de já termos noção de que a Covid continua entre nós, às vezes ainda faz uma vítima fatal por conta da falta de vacina, mas em sua maioria as pessoas se recuperam e superam essa fase com alegria de poder dar continuidade aos seus projetos na companhia dos seus.
Para mim esse é o mês de também comemorar, em 1998 me manifestando a respeito de um artigo do professor Derville, à época diretor de um colégio particular em Suzano e articulista neste jornal, acabei sendo convidada pela amiga Simone Leone para escrever semanalmente um artigo para o jornal e, desde lá venho compartilhando minhas ideias, minha visão de vida e de mundo neste espaço, sempre às terças-feiras.
Agora posso fazê-lo também pela internet graças aos avanços da tecnologia que este jornal acompanha de perto, evoluindo para chegar a todos os seus leitores e se fazer presente em muitas casas aonde o jornal físico ainda não chega.
A alegria de saber que muitos me acompanham no jornal de papel desde longa data e por vezes opinam também no digital é sempre motivo de alegria e, poder trocar ideias a respeito do escrito também é muito importante...
Completei dia dezessete deste mês, vinte e cinco anos de convivência semanal com este jornal, ocupando o espaço desta coluna onde já falei sobre saudades, alegrias, frustrações, política, meio ambiente, educação, religião, trânsito, amor à vida e ao próximo, me sentindo feliz e honrada de fazer parte, mesmo que semanalmente da vida de algumas pessoas que me acompanham e sendo infinitamente grata aos amigos proprietários deste jornal e ao seu editor, por quem tenho muito carinho que me permitem essa liberdade de escolha sobre o assunto que vou me manifestar...