O lado bom desta vida nova que levamos ligados na internet e em redes sociais é a alegria de conhecer certos amigos pessoalmente.
Podemos nos falar a uma imensidão de tempo, mas só nos conhecemos pelas fotografias que postamos pelas conversas que temos o acesso a intimidade de um e de outro é restrita, pois, nessas páginas não expomos nossa vida real, nossos problemas...
Nas redes sociais expomos uma vida leve e sem contratempos, afinal ninguém precisa saber dos nossos sentimentos mais íntimos, das aflições do nosso cotidiano, por esse motivo ali tudo nos parece mais festivo e fácil de viver.
Poucas são as pessoas que ali vão para pedir ajuda uma palavra amiga, um abraço virtual de consolação.
Somente quando alguma perda nos atinge ali compartilhamos no sentido de informar, de muitas vezes noticiar para familiares e amigos mais distantes a partida de alguém que queríamos bem e se foi.
O efeito é sempre de muitas palavras de conforto dos mais próximos e que sabem da nossa verdadeira dor e, sentimentos daqueles que conosco partilham páginas naquele ambiente.
É gostoso nas nossas datas festivas receber inúmeros cumprimentos desses amigos virtuais e daqueles que convivemos, mas, em função dos novos tempos atribulados por tantos problemas de saúde e de insegurança só nos falam por esse meio na maioria das vezes...
Quando o final do ano se aproxima temos a oportunidade de conviver com muitos deles mais de perto, sejam aqueles do trabalho, sejam amizades antigas e até mesmo dos nossos familiares que no corre-corre cotidiano se veem impedidos dessa convivência mais próxima.
Este ano, como tem ocorrido com os últimos, a distância se fez mais presente na vida de todos.
De inicio a pandemia da COVID e suas consequências, o aparecimento de novas cepas, o isolamento a que alguns se submeteram pelo temor a esse vírus, as perdas que muitos de nós tivemos e as restrições subsequentes acarretaram a ausência física até de parentes próximos.
Sabemos que alguns no sentimento de defesa da vida alheia, buscando preservá-las, afastaram-se até mesmo de seus pais, mesmo que deixassem na porta de suas casas mantimentos e as compras que faziam para o dia a dia, não entravam não os abraçavam, apesar de toda saudade contida no peito.
Infelizmente com todos esses cuidados muitos se foram, nos obrigando chorar de saudade das palavras não ditas, dos afagos não dados e não recebidos, um sentimento de tristeza que fica para sempre em nossos corações.
Então agora novamente caminhamos os últimos dias deste ano cheio de oportunidades, tivemos eleições, Copa do Mundo que novamente voltamos mais cedo para casa e de problemas na política, na saúde e na economia...
Mesmo com todos esses percalços estamos buscando refazer laços, promover reencontros, nos permitir novos e velhos abraços, mergulharmos intensamente nesse aconchego que é o abraço sincero e festivo de familiares que amamos muito e de amigos que tomam lugar muitas vezes preferencial em nossos corações.
Então nesses encontros festivos que vão se sucedendo vamos preenchendo aquele vazio que ficou de tempos mais difíceis recentemente enfrentados e vamos tornando mais alegres e positivas as perspectivas para o novo ano.
Que essas manifestações possam ser mais frequentes e felizes daqui para frente, regadas com saúde e melhores expectativas de vida...