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Jornal Diário de Suzano - 04/05/2024
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Coluna

Cinzas, Quaresma, Campanha da Fraternidade

24 fevereiro 2023 - 05h00

Vimos tanta beleza desfilar nos sambódromos e nas avenidas, durante os dias de Carnaval, todo mundo se envaidecendo pelo papel que vinha apresentando no desfile, com esforço ingente.
No entanto, agradou ao povo entrar nas igrejas na quarte feira e receber as cinzas. Sem beleza e sem vaidade, os foliões, disseram adeus ao Carnaval para iniciar a Santa Quaresma, se preparando durante quarenta dias a buscar uma nova esperança, com fé e confiança, buscando em Deus a Fonte da Vida, da Graça, do Amor e do Bem.
Sabemos que os tempos são difíceis. Tudo, às vezes, é tão escuro.
Porém, não se trata daquela escuridão que começa com o pôr do sol, mas da escuridão, que mesmo com o sol da manhã, envolve os corações. Por que tanta escuridão, tanta violência, tanta dor, tantas decepções? 
O homem é tão divino, chamado a se assemelhar a Cristo, ou mais ainda, chamado a se assemelhar com a imagem, sublime, maravilhosa de quem o fez e o criou.
A Quaresma quer nos tirar da escuridão e introduzir em nós a luz de Cristo, a luz da Pascoa, a luz da Ressurreição.
Com a Quaresma inicia um tempo forte de conversão e renovação. 
A quem saiu da cidade para curtir alguns dias de repouso, a natureza devolveu-lhe novas energias. Muitos louvam o calendário do Carnaval. 
Afinal são cinco dias de festança e durante estes dias as crianças brincam, os namorados sambam e se abraçam, os tambores tocam e há pessoas de boa vontade que iluminam seus corações com a luz divina. 
Quanto àqueles que cometeram abusos na euforia do Carnaval, vale o sentido das cinzas e da Quaresma que convidam ao jejum, à oração e às boas obras.
Vimos tanta alegria e tanta beleza nos dias de Carnaval e ao mesmo tempo sirenas de ambulâncias, de bombeiros, levando feridos, contabilizando os mortos e procurando desaparecidos.
É certo que Deus entregou ao homem a natureza e pediu-lhe de cuidar dela.
O homem, porém, esqueceu da ordem a ser respeitada em relação a Mãe- Terra e veio a tempestade, o diluvio e tudo o que estava fora da ordem não resistiu.
Isso quer dizer que nós não estamos conseguindo devolver à natureza, ao meio ambiente, à Terra, nosso planeta, a respiração, a vida, o respeito, o amor, para preservar e conservar tudo o que Deus pediu ao homem: cuidar da ordem das coisas criadas.
Sim, é por amor à Mãe-Terra que a Igreja dirige um forte apelo para que os brasileiros e os povos da terra não sejam ingratos com a natureza, violando a ordem natural, profanando o solo sagrado, em vez de fecunda-lo., deixando-o triste e sem luz.
A primeira a chorar pelas mortes, é a Mãe Terra. Esforcemo-nos para torna-la mais bela e acolhedora.