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Jornal Diário de Suzano - 01/05/2024
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Coluna

Didi Talarico se foi com 96 anos, todos vividos em Suzano

19 abril 2024 - 05h00

Cada dia encaramos de frente a imensa dor que se impõe na realidade familiar: a perda de entes queridos. Pedro Talarico Sobrinho, conhecido como Didi Talarico, terminou sua caminhada terrena, quase centenário, puro sangue suzanense, um antigo cidadão que tantas vezes encontrávamos na rua, pois saia de casa para curtir as manhãs de sol, conversar com os amigos e se deixar aquecer pelos raios solares que lhe devolviam novas energias.
Era o mais antigo suzanense, nascido há 96 anos em Suzano e hoje depois dele, não há quem tenha nascido em 1928 e esteja vivendo na cidade. Amado entre os suzanenses, começou a trabalhar no armazém do seu pai Vicente, que depois passou a gerenciar. Não gostava de muita fala, mas era jeitoso e correto com os fregueses. Com apenas 25 primaveras, abriu uma padaria chamada: “ Posquim” e juntou tanta confiança num futuro mais prospero que abriu um restaurante.
Casou com a jovem Marina com sua elegância e simplicidade e criou dois filhos o Carlos e a Miriam. Tinha arte e talento e às vezes uma certa exuberância por ter uma mente lúcida e brilhante. Por ter uma origem suzanense, amava de verdade a cidade de Suzano. Com os avanços urbanos, viu a cidade crescer sempre mais, chegando a ter hoje uma população de quase 300.000 mil habitantes. A maioria da população veio do norte e nordeste. Suzano acolheu os migrantes e tantos imigrantes europeus, japoneses e latino-americanos. Hoje na cidade há uma nova safra de cidadãos, de novas famílias nordestinas, com rebentos que estão crescendo e esperamos que possam manter bem viva a identidade suzanense.Será com esta nova geração que a cidade poderá realizar com otimismo tantas outras conquistas e tantas obras novas,
O futuro, com certeza é desafiador, mas também é atraente. Importa sempre e somente não se lamentar e reclamar com aquilo que ainda falta, mas viver bem o presente, trazendo boas ideias e bons projetos. Porém há muitos jovens que saem de Suzano, meditando um futuro novo em São Paulo ou fora do Brasil. Quando alguém se afasta da sua terra de origem é como se lhe faltasse um grande bem. Não se queima uma saudade, nem tão pouco belas amizades ou se apagar tudo o que foi implantado em nosso peito desde criança. Para Didì 96 anos em Suzano foram suficientes para ele sempre admirar a cidade que muito amava.