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Jornal Diário de Suzano - 04/05/2024
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Coluna

Desmatamentos, alagamentos, causadores de destruição e mortes

17 março 2023 - 05h00

Quando numa das Quaresmas passadas a Campanha da Fraternidade falava que a vida no Planeta Terra sofre em dores de parto, queria dizer que em nossas cidades o povo sofre a falta de um Meio Ambiente seguro, salubre e bom para se viver. Sobretudo, neste tempo assumimos com profunda consternação as mortes causadas por desmatamento em São Sebastião e Manaus.
Nestes momentos, os dias e as noites são tenebrosos, cheios de morte, de sangue, de vidas cortadas, de caminhos barrados, com a terra sangrando, como uma mulher em dores de parto.
As riquezas, os bens, as coisas mais queridas se vão e não fica mais nada para as pessoas que perderam tudo.
Por trás desse escuro e amargo destino não há a mão destruidora de Deus ou da natureza, mas do homem que vem rasgando o véu lindo e bonito com o qual a natureza se veste.
Uma vez desnudada a criação, o rumo da humanidade fica tristemente marcado por um futuro sem vida, sem harmonia, sem alegria, sem paz e às vezes com muitas mortes.
O homem, por ser arrogante, indisciplinado, sem educação e sem respeito pela natureza e pelo Meio Ambiente, acaba pagando sobretudo pela falta de planejamento na construção das casas, arriscando a construir em áreas inadequadas.
Como viver e ser feliz neste Planeta Terra?
Com certeza viveríamos mais felizes sem nunca nos deparar com marginais e assassinos e sem nunca maltratar e desrespeitar o Meio Ambiente. O cuidado que usamos com a nossa casa, deveríamos ter com a casa da mãe-terra, começando com a limpeza de ruas, rios, praças, muros e fachadas de prédios.
As indústrias e as fábricas, as administrações privadas e públicas, muitas vezes lucram às custas e em detrimento do Meio Ambiente, gerando desigual progresso e violentando e explorando a natureza.
O nosso destino não está escrito e determinado no livro de Deus, mas no livro da natureza, que dependendo se for bem ou mal tratada, nos proporcionará mais vida ou menos vida. Os adivinhos e os cientistas parecem ser incapazes de evitar calamidades e catástrofes.
Eis a questão! Precisamos restituir à natureza, aos rios, às águas, aos vales e matas, suas próprias características, sem usar a força brutal das armas, das bombas e dos explosivos, que matam a vida no planeta Terra e tornam o Meio Ambiente como um triste campo de guerra e de destruição. O segredo da cidade limpa está na civilização dos cidadãos, mas, sobretudo, na forma mais brilhante de administrar o território urbano e rural.
Que as nossas cidades possam se vestir com roupa nova e colorida.
Admirando os belos sinais da natureza, unindo sonhos e lutas, todos, a começar das crianças até os idosos, zelem pela vida da criação que sofre alagamentos e desmatamentos, clamando e anunciando a chegada de um novo tempo e o nascimento de uma nova terra e novo céu.
A realidade dos que perderam suas casas, seus bens, nos torne solidários com o drama dos nossos irmãos e também nos faça optar por um engajamento em salvar a natureza, porque os males causados pelos homens atingem diretamente a todas as formas de vida existentes no planeta Terra.