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Jornal Diário de Suzano - 05/05/2024
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Coluna

O Parque Max Feffer recebeu a Festa Nordestina

26 agosto 2022 - 05h00

No início de Agosto, o Instituto Virtutis realizou no Parque Max Feffer a 14ª Festa Nordestina.
Em Suzano o universo periférico é quase todo nordestino. Nos bairros, as famílias são na maioria nordestinas. Os migrantes que vieram do Norte e Nordeste do Brasil, guardam os traços principais de suas terras e tradições. Vieram para São Paulo e se instalaram na periferia da metrópole, no subúrbio da Capital e nos municípios do Alto Tietê. Vieram para fazer história, com seu trabalho, sua luta e sua dor.
A saudade da terra e das tradições é tanta, a ponto de continuar mantendo a cultura de suas origens. Com certeza vivem provados no sacrifício real de tantos desafios a serem enfrentados.
A mão dos migrantes vem escrevendo uma nova história, de um canto a outro da cidade, do bairro de Palmeiras ao bairro de Jd. Gardênia, onde vivem numerosos nordestinos.
Há 14 anos que a Festa Nordestina, promovida em agosto pelo Instituto Vurtutis, no Jd. Gardênia, entrou a fazer parte do calendário municipal.
A festa voltou a ser realizada no Parque Max Feffer e teve todo o apoio da Administração Municipal com shows, segurança, infraestrutura, barracas, banheiros, brinquedos e outras atrações. A festa tornou-se uma tradição, mas também uma referência, pois, são muitos os suzanenses e munícipes de outras cidades que participam para curtir as músicas e a típica culinária nordestina. 
O povo Nordestino tem na cidade de Suzano e na Região do Alto Tietê, um passado, um presente e um futuro repleto de luta, pela causa da justiça e da igualdade. Sobra e persiste a realidade nordestina nas famílias e na cidade de Suzano. Em todas as conversas os nordestinos falam de suas lutas, de seus projetos, de sua história que começou em Pernambuco e continua em Suzano.
Às vezes do coração deles sai um lamento por ter deixado a própria terra em busca de novas oportunidades de trabalho e de recursos necessários para sustentar a família e oferecer aos filhos um futuro melhor.
O povo do Sertão carrega um passado doloroso de pobreza, de desigualdade, de exploração, sempre tentando de fugir da seca, miséria e da falta de perspectivas.
É gente que migra para as grandes cidades e subúrbios, na esperança de uma vida melhor e como a maioria não possui recursos, busca moradias em bairros desprovidos de infraestrutura, agravando ainda mais os problemas sociais e urbanos. 
A Festa nordestina parece fazer jus à presença do povo nordestino em Suzano. Os bairros daquela Região ganharam novos investimentos no cenário urbano e sobretudo, nos dias 5, 6 e 7 de agosto ganharam no parque Max Feffer, um espaço, enfeitado de bandeirinhas com palco e barracas, feira e restaurante.Que lindo, porém, seria, se em Suzano e no Brasil acabasse a pobreza e houvesse o suficiente para todos. Apagaria a poeira inclemente na vida de muitas pessoas que vivem em inóspitos terrenos ou no amargo destino de se tornarem moradores de rua.
Brilhe para todos os nordestinos o rastro de um grande futuro e a esperança de uma vida melhor.