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Jornal Diário de Suzano - 08/05/2024
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Coluna

O primeiro Missionário que levou o Cristianismo no Japão

04 dezembro 2020 - 05h00
No Japão, a caminhada dos católicos, ou melhor, o início do cristianismo no Japão, se deu em 1549, através do trabalho missionário de São Francisco Xavier, jesuíta, discípulo de Santo Inácio de Loyola. A memória e a festa dele, no mundo católico e nas Igrejas onde é padroeiro é realizada no dia 3 de dezembro.
Com infatigável dedicação, Xavier não mediu esforços para levar o Evangelho aos lugares mais distantes do centro onde o cristianismo estava bem fortalecido, que na época se localizava no Continente Europeu.
A ação evangelizadora de Xavier no Extremo Oriente, e sobretudo no Japão, na Índia e na Indonésia foi incansável. Em doze anos de vida missionária na Ásia, percorreu milhares de quilômetros para implantar o cristianismo no Extremo Oriente.
O trabalho missionário dos jesuítas, e logo em seguida dos franciscanos, rendeu muitos frutos, de modo que, no final do século XVI, os católicos japoneses ultrapassavam a casa de 400 mil.
A chegada de Francisco Xavier ao Japão aconteceu em 1549. Na verdade, ele, conforme nos diz a história, já tinha convertido ao cristianismo os primeiros japoneses nas Ilhas Molucas, próximas ao Japão e foi de lá que planejou ir ao Japão. Francisco Xavier chegou ao Japão acompanhado por três japoneses já convertidos.
Muitas foram as dificuldades para fundar a primeira e pequena comunidade cristã- católica em Yamaguchi. As dificuldades da língua lhe ocasionaram não poucos equívocos na evangelização, mesmo assim conseguiu formar a primeira comunidade.
Ficou no Japão dois anos e batizou mil e quinhentas pessoas. Foi assim, que já no século XVI, os católicos no Japão eram mais de 400 mil.
Francisco Xavier anunciava o Evangelho por meio de um intérprete que ele levou consigo antes de se aventurar pelo Extremo Oriente.
Mas nem sempre o intérprete estava com ele, tanto que escreveu assim ao padre Inácio de Loyola: “Ando pelo meio desse povo, sozinho e sem intérprete; os pobres me fazem compreender suas necessidades, sem intérprete; e eu vendo-os, compreendo-os sem intérprete”.
Não se descuidava de aprender o idioma japonês e ele mesmo de novo escreveu assim: "Quando me dediquei ao estudo do japonês, foi só depois de quarenta dias que conseguiu dizer os dez mandamentos na língua local".
Xavier deixou o Japão em 1551, pensando que não poderia continuar sua obra missionária, sem visitar o berço da cultura japonesa, por isso planejou ir à China. Deixou a pequena comunidade católica de Yamaguchi, que por assim dizer, foi a primeira Sé do catolicismo japonês.
As conversões dos japoneses não pararam e foram sempre aumentando, formando católicos convictos, muitos dos quais sofreram persecuções. Para os primeiros japoneses convertidos ao cristianismo, Xavier era “o grande pai” amado e respeitado por todos.